Livro do Sindicato dos Bancários de SP mostra novas reivindicações da categoria

Em comemoração aos 90 anos da entidade, atividades políticas e shows serão realizados neste mês

São Paulo – As comemorações dos 90 anos do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região começaram ontem (1º) com o lançamento do livro 90 anos – Fortalecendo a democracia, que conta a história de lutas do sindicato. A obra é resultado de pesquisas de matérias do jornal Folha Bancária e no primeiro livro sobre a entidade, publicado há 20 anos. 

O historiador e coordenador da obra, Francisco Macedo, afirma que a principal diferença entre a primeira e a segunda publicação é o enfoque dos períodos de atuação do sindicato, e as novas pautas e conquistas da entidade.

“Nos últimos 20 anos um novo conjunto de temas foi ganhando destaque na pauta das reivindicações, como a igualdade de oportunidades, a atuação internacional do sindicato”, disse à Rádio Brasil Atual. 

Fundada em 16 de abril de 1923, a primeira conquista da categoria ocorreu na década de 1930, com a redução da jornada de trabalho de oito para seis horas diárias. Duas de suas direções foram cassadas pela ditadura, que também prendeu e torturou muitos dos sindicalistas.

Consuelo Toledo e Silva foi a primeira mulher a fazer parte da diretoria do sindicato, em 1957, e lembra que na época os bancos públicos não tinham participação feminina no seu quadro de funcionários. “A minha luta foi, principalmente, fazer entrar mulher no Banco do Brasil e no Banespa, porque não entrava mulher, não tinha concurso para mulher, levou tempo, mas conseguimos.”

O deputado estadual Luiz Claudio Marcolino (PT) relembra que o tempo em que ele presidiu o sindicato, de 2004 a 2010, foi marcado por grandes greves e mobilizações. “Conseguimos a conquista da licença-maternidade por seis meses, conseguimos melhorar o combate ao assédio moral e a participação nos lucros ou resultados.”

A atual presidenta, Juvandia Moreira, ressalta que o sindicato é uma das mais antigas e combativas entidades que lutam pelo direito dos trabalhadores. “A nossa luta continuará comprometida com a justiça social. Só temos isso quando não temos discriminação, preconceito. Temos uma formação de sindicato cidadão, que não olha só para a questão corporativa dos bancários.”

Durante o mês comemorativo haverá atividades políticas além de shows e sorteio de prêmios. O sindicato também será homenageado na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa de São Paulo. 

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