Mais de 8 mil

FUP quer discutir com Petrobras reposição de vagas eliminadas por plano de demissões

Sindicalistas afirmam que medida foi implementada sem negociação prévia. E alegam que efetivo atual não acompanha expansão dos negócios

São Paulo – A Federação Única dos Petroleiros (FUP) quer discutir com a Petrobras um cronograma de reposição de trabalhadores, após a saída de mais de 8 mil funcionários em um programa de demissões voluntárias, número equivalente a 12% do efetivo. A entidade afirma que o chamado Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV) foi implementado de forma unilateral, e que suas consequências precisam ser analisadas em conjunto.

“A reposição integral de 100% dos postos ocupados pelos petroleiros que aderiram ao PIDV é o mínimo que a categoria espera dos gestores da Petrobras”, afirma a FUP. Os sindicalistas enviaram documento à companhia pedindo que seja marcada uma reunião com a presidenta da empresa, Graça Foster.

Ao divulgar o balanço do plano, no último dia 5, a Petrobras informou que as adesões somaram 8.298. O número corresponde a 12,4% do total (66.920 funcionários). Segundo a estatal, a previsão é de que 55% desses cortes sejam feitos ainda este ano. A empresa estima redução de custos, “de forma conservadora”, de R$ 13 bilhões, considerado o período 2014-2018. “Estima-se também que o custo do referido incentivo seja compensado em um tempo médio de nove meses após a saída de cada um dos profissionais”, informou a Petrobras.

Para a FUP, a categoria “já sofre as consequências de um efetivo reduzido, que não acompanha, como deveria, a expansão dos negócios da companhia”.

Copa

A entidade também criticou a política da empresa em relação à Copa do Mundo: em dias de jogos do Brasil, o expediente administrativo será encerrado duas horas antes das partidas agendadas para as 16h e as 17h, mas esse período será compensado. “Ou seja, a empresa novamente age de forma unilateral, ao tomar uma decisão corporativa, mas imputar aos trabalhadores a compensação, sem qualquer negociação prévia com as representações sindicais.”

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