Para Dieese, salário mínimo deveria ser de R$ 2 mil em julho

São Paulo – O salário mínimo do trabalhador do país deveria ter sido de R$ 2.011,03 em julho, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O valor […]

São Paulo – O salário mínimo do trabalhador do país deveria ter sido de R$ 2.011,03 em julho, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O valor é menor do que o aferido no mês anterior.

O cálculo leva em conta as necessidades básicas de um trabalhador e de sua família, incluindo gastos com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência. A Constituição brasileira prevê que o piso salarial nacional deve garantir o custeio de todas essas demandas.

A pesquisa foi divulgada na quarta-feira (4) e tem como base a Pesquisa Nacional da Cesta Básica do mês anterior, que a instituição produz em 17 capitais do país. O valor utilizado foi o maior apurado para a cesta no período, de R$ 239,38, em São Paulo.

O valor estimado pelo Dieese é 3,94 vezes maior que o piso vigente, de R$ 510, salário mínimo estabelecido pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Em junho, o mínimo necessário seria de R$ 2.092,36 (4,10 vezes o piso em vigor). Há um ano, em julho de 2009, a instituição estupulou o valor em R$ 1.994,82, ou 4,29 vezes o mínimo então em vigor, de R$ 465.

O Dieese informou que o tempo médio de trabalho necessário para que o brasileiro que ganha salário mínimo pudesse adquirir, em julho de 2010, os bens essenciais diminuiu, em comparação com o mês anterior. O trabalhador tem de cumprir uma jornada de 91 horas e 50 minutos. No mês anterior, seriam necessárias 94 horas e 56 minutos. Em 2009, seria obrigatório o cumprimento de 97 horas e 12 minutos.