Centrais e governo estão próximos de acordo sobre isenção de imposto na PLR

Segundo Brizola Neto, basta que os sindicatos concordem com o teto de R$ 6 mil estabelecido pelo governo para receber o benefício

Brizola Neto considera que o teto proposto pelo governo é melhor para evitar que bônus sejam maquiados como PLR (Foto: MTE)

São Paulo – O ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, disse à RBA hoje (21) durante evento com catadores de materiais recicláveis em São Paulo que a isenção de Imposto de Renda sobre a participação nos lucros ou resultados (PLR) dos trabalhadores sai do papel em janeiro se as centrais sindicais concordarem com o teto estabelecido pelo governo. “Está faltando um OK para aquele teto que foi anunciado”, afirmou. “Com uma boa sinalização das centrais nesse sentido, acho que em janeiro a gente resolve essa questão.”

As centrais darão uma resposta ao governo ainda esta tarde, fechando o teto da isenção em R$ 6 mil – os representantes dos trabalhadores queriam R$ 10 mil. A expectativa já dura mais de um ano. Em 2011, metalúrgicos, bancários e químicos lançaram campanha pela PLR sem Imposto de Renda, e as centrais sindicais apresentaram a reivindicação ao Executivo. “A gente tem que ter cuidado com o teto”, disse Brizola Neto. “Se eleva muito o teto do desconto, daqui a pouco tem executivo usando o bônus como PLR.”

No Dia do Trabalho deste ano, o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse que o governo atenderia à reivindicação, mas depois silenciou sobre o assunto. Em 31 de outubro, quando a promessa iria completar seis meses, a CUT pediu audiência para tratar desse e de outros temas, mas a conversa não foi adiante, provocando irritação entre os sindicalistas.

O assunto voltou a avançar apenas hoje, durante conversa em São Paulo. Na última semana, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC divulgou a informação de que uma resposta seria dada pelo governo federal antes do fim do ano.

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