Bancários rejeitam proposta da Fenaban e confirmam greve a partir do dia 18

São Paulo – Os bancários aprovaram esta noite (12), em assembleias pelo país, a decretação de greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (18), enquanto esperam uma nova […]

São Paulo – Os bancários aprovaram esta noite (12), em assembleias pelo país, a decretação de greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (18), enquanto esperam uma nova contraproposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Em São Paulo, segundo o sindicato da categoria, a decisão foi unânime. A Contraf-CUT, confederação nacional do setor, confirmou a mesma decisão nas bases de Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Campo Grande, Alagoas, Piauí, Mato Grosso e Campinas, entre outras. Novas assembleias serão realizadas na segunda (17) para organizar o movimento. Os trabalhadores rejeitaram proposta feita em 28 de agosto, de 6% de reajuste salarial na data-base (1º de setembro), pouco acima da inflação (INPC) acumulada em 12 meses, 5,39%.

A reivindicação dos bancários é de reajuste de 10,25%, já incluído um percentual de aumento real (acima da inflação). Os sindicalistas afirmam que os seis maiores bancos no país, com mais de 90% da categoria, tiveram lucro líquido de R$ 25,2 bilhões apenas no primeiro semestre, além de provisionar R$ 39,15 bilhões para devedores duvidosos. Argumentam ainda quase todos os acordos fechados na primeira metade do ano tiveram aumentos reais, e com percentuais superiores ao da proposta do setor financeiro, mais lucrativo. “Não é justo que os executivos tenham reajuste de 9,7% e cheguem a ganhar R$ 8 milhões ao ano e os trabalhadores tenham aumento de 6% com piso de R$ 1.400″, acrescentou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira

Na participação nos lucros ou resultados (PLR), os sindicalistas querem pagamento equivalente a três salários mais R$ 4.961 fixos. A proposta da Fenaban inclui 90% do salário mais um fixo de R$ 1.484, com um adicional de 2% do lucro que seria dividido entre os empregados. “Com a deflagração da greve, os bancários de todo o país estão respondendo ao desrespeito com que os bancos vêm tratando a categoria nas mesas de negociação. Continuamos abertos ao diálogo e qualquer nova proposta será apreciada nas assembleias do dia 17, mas estamos unidos e preparados para fazer uma grande mobilização nacional”, afirmou o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

No setor público, a discussão continua. Nesta sexta-feira (14), a partir das 14h, o Comando Nacional dos Bancários retoma negociações com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.

 

 

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