ajuste fiscal

CUT diz que governo mostra falta de respeito com aposentado ao parcelar 13º salário

Central divulga nota em que rechaça mudança em sistema de antecipação da primeira parcela, adotado desde 2006: 'O problema da política econômica do governo é a escolha do que é prioridade'

Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil

Aposentados: pagamento de antecipação do 13º custa aos cofres públicos este ano R$ 15 bilhões

São Paulo – A CUT divulgou hoje (24) nota em que critica a mudança realizada pelo governo federal no pagamento do 13º salário de aposentados e pensionistas. “É um desrespeito com aqueles que contribuíram durante muitos anos para o crescimento e desenvolvimento do país e se programaram para receber o 13º entre o final de agosto e início de setembro”, afirma a nota.

Como medida relativa ao ajuste fiscal, o governo havia anunciado na semana passada que não faria neste ano o pagamento segundo o critério adotado desde 2006, cuja primeira parcela, com metade do valor, é paga em agosto.

Depois das críticas ao possível adiamento, o governo voltou atrás e decidiu então pagar 25% do 13º em setembro e 25% em outubro, parcelando a antecipação em duas vezes. “A justificativa do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi a de sempre: falta de recurso em caixa para fazer o pagamento, que custa aos cofres públicos R$ 15 bilhões. Para pagar os juros da dívida pública federal, que só no primeiro semestre de 2015 foi de R$ 180,6 bilhões, Levy nunca alegou falta recurso em caixa”, diz a nota da central.

“O problema da política econômica do governo é a escolha do que é prioridade. Enquanto os rentistas são beneficiados com parcelas cada vez mais significativas da riqueza nacional, os aposentados e pensionistas sofrem com as escolhas do ministro”, critica ainda a nota. “A CUT exige que o governo mantenha a antecipação do 13º salário dos aposentados, conforme foi negociado entre a Central Única dos Trabalhadores, as demais centrais e o governo do presidente Lula.”