São Paulo – Em seu último pronunciamento oficial pelo Dia do Trabalhador o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou estar seguro de que o atual modelo de governo “está apenas começando” e que a população “aprendeu a não dar ouvidos aos derrotistas e à turma do contra, aos que diziam que o Brasl tinha de se contentar com um crescimento medíocre, aos que pregavam o conformismo diante da exclusão social e da injustiça”. E enfatizou a redução da injustiça social.

“O Brasl tem todas as condições de crescer a taxas robustas, na casa dos 5% ao ano, e assim converter-se numa das maiores economias do mundo. Bata mandar um rumo claro e seguro. Só reduzindo a pobreza, continuando a tirar da mmiséria milhões de brasileiros, consolidaremos um amplo mercado interno de massas, capaz de estimular e sustentar um longo período de crescimento econômico. Porque não pode existir um país rico com um  povo pobre. Não pode haver um país forte com um povo miserável. Só é rico o país que descobre que o povo é a sua maior riqueza. Estou seguro de que nada ou ninguém será capaz de nos afastar desse rumo”, disse Lula.

Ele afirmou que pode comemorar “com orgulho” o fato de o país ter deixado para trás décadas de estagnação. “Nem a crise financeira internacional, a mais grave das últimas décadas, foi capaz de nos deter. Já retomamos com vigor o caminho do desenvolvimento econômico.”

O presidente disse ainda que o Brasil vive um período de retomada do emprego e do trabalho. “A taxa de desocupação caiu fortemente nos últimos anos, de 12,3%, em 2003, para 7,2%, hoje”, lembrou. “Em sete anos, o Brasil gerou mais de 12 milhões de empregos com carteira assinada. E, neste primeiro trimestre, mais 650 mil novos postos de trabalho formais. Um recorde absoluto. Já se prevê que o país vai gerar mais de 2 milhões de empregos este ano, o que seria a melhor marca da nossa história”, afirmou, acrescentando que o país tem melhorado também a qualidade do emprego.

“Em fevereiro deste ano, 50,7% dos trabalhadores tinham carteira assinada. Um salto e tanto em relação a 2003, quando essa percentagem era de 43,5%. Os salários também aumentaram no período. O salário mínimo, graças a aumento real de 74% ao longo do governo, é o mais alto dos últimos 40 anos. A massa salarial como um todo cresceu 42% no mesmo período, em termos reais”, citou.

Além disso, Lula destacou “a fortíssima inclusão social” ocorrida em seu governo, com o Bolsa Família e outros programas sociais. “Nos últimos sete anos, 31 milhões de brasileiros entraram na classe média e 24 milhões saíram da linha da miséria. Deixamos de ser um país majoritariamente pobre. Hoje, as classes A, B e C formam quase 70% da nossa população. Tudo isso está fazendo a roda da ecoomia girar sustentada.”

Desafios

Entre os desafios, ele afirmou que o Brasil deve continuar “tomando as decisões certas, nas horas certas”, e citou os casos da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e do pré-sal. “Logo, logo, começaremos a explorar as gigantescas reservas de petróleo descobertas pela Petrobras no pré-sal.  Seus recursos não devem ser gastos em bobagens ou no custeio de despesas correntes. Por lei, serão aplicados, obrigatoriamente, em educação, saúde, ciência e tecnologia, cultura e meio ambiente.  Temos em mãos um passaporte para o futuro e não podemos desperdiçar essa chance”, disse Lula, lembrando ainda as oportunmidades que serão abertas com a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

“O Brasil é um país sem limites para crescer. Não apenas porque tem grandes riquezas naturais, mas, principalmente, porque tem um povo generoso, forte e criativo. Um povo maduro, que sabe escolher, que trabalha duro e não desperdiça oportunidades. Um povo que soube trazer nosso país  até aqui e que saberá continuar conduzindo nosso Brasil no rumo certo.”