Santa Catarina: segundo turno será disputado por Jorginho Mello (PL) e Décio Lima (PT)
Petista Décio Lima surpreende, ultrapassa Moisés (Republicanos) e disputará o segundo turno contra o bolsonarista Jorginho Mello (PL)
Publicado 02/10/2022 - 21h58
São Paulo – Santa Catarina decidirá a disputa pelo governo em segundo turno entreo o senador Jorginho Mello (PL), que nas votações de hoje (2) recebeu 38,61% dos votos válidos. Seu oponente será Décio Lima (PT), que teve 17,42%. Em um dos estados mais bolsonaristas do país, o candidato petista surpreendeu e conseguiu ultrapassar Moisés (Republicanos), que era favorito para a segunda vaga, mas ficou com 16,98% dos votos. Será a primeira vez em que um petista disputará o governo do estado. Brancos e nulos somaram 8,72%. O índice de abstenções ficou em 18,46%, maior porcentagem desde 1998.
Jorginho Mello é apoiador do presidente Bolsonaro e integrou a “tropa de choque” bolsonarista durante a CPI da Covid. Ele atuou para defender a gestão desastrosa e o negacionismo científico que marcou o presidente durante a pandemia. Por sua devoção, ganhou notoriedade entre o eleitorado mais radical. Ele também é presidente do diretório do PL em seu estado.
Por sua vez, Décio Lima é advogado e professor. Começou sua carreira na política ainda na universidade, no Diretório Acadêmico de Direito e da União Catarinense dos Estudantes (UCE). Foi prefeito de Blumenau entre 1997 e 2005 e deputado federal pelo estado de 2007 a 2019. Em Blumenau, se destacou pela implementação de programas de inclusão social e programas de estruturação e modernização urbana.
Resultado Santa Catarina – 100% das urnas apuradas
- Jorginho Mello (PL): 38,61%
- Décio Lima (PT): 17,42%
- Moisés (Republicanos): 16,99%
- Gean Loureiro (UB): 13,61%
- Esperidião Amin (PP): 9,75%
- Odair Tramontin (Novo): 2,79%
- Professor Alex Alano (PSTU): 0,11%
- Jorge Boeira (PDT): 0,61%
- Ralf Zimmer (Pros): 0,09%
- Em branco e nulos: 8,72%
Senado e presidência
A cadeira para o Senado em Santa Catarina será ocupada por Jorge Seif (PL). O político foi secretário especial da Aquicultura e Pesca de Jair Bolsonaro, cargo que deixou para disputar a vaga no Legislativo. Ele foi eleito com 39,79% dos votos.
O bolsonarismo é força consolidada no estado. Bolsonaro recebeu uma votação expressiva de 62,21%, diante de 29,54% de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na sequência, Simone Tebet (MDB), com 4,42% e Ciro Gomes, com 2,05%.