PT busca candidato de consenso à presidência da Câmara em reunião

Brasília – A futura bancada do PT na Câmara escolhe nesta terça-feira (14) o candidato à presidência da Casa. A disputa está entre três candidatos: o atual líder do governo, […]

Brasília – A futura bancada do PT na Câmara escolhe nesta terça-feira (14) o candidato à presidência da Casa. A disputa está entre três candidatos: o atual líder do governo, Cândido Vacarezza (SP), o atual vice-presidente, Marco Maia (RS), e o ex-presidente da Casa Arlindo Chinaglia (SP). Por falta de acordo, a reunião iniciada na manhã desta terça deve continuar durante a tarde.

Por ser a maior bancada, o partido presidirá a Câmara no primeiro biênio da nova legislatura – 2011/2012. Vai se revezar com o PMDB, que presidirá a Casa nos dois últimos anos: 2013/2014. Os deputados escolhem também, na mesma reunião, o próximo líder da bancada na Câmara.

Ao chegar para a reunião, Vacarezza, visto como um dos candidatos com maior número de votos dentro do partido, evitou falar em vitória. “Ficou claro que não há nomes favoritos e nem nomes naturais para a disputa”, comentou.

Diante da dificuldade na escolha de um nome de consenso, o partido deverá fazer uma votação entre os 88 futuros deputados da bancada. Vacarezza disse que é favorável à votação aberta, para que todos possam acompanhar em quem votaram seus companheiros de partido, mas que se a maioria decidir pela votação secreta, não irá se opor. “Não se pode estimular que o parlamentar tenha uma conversa (antes) e uma posição diferente (na hora do voto). Mas, não criarei divergências”, afirmou.

A mesma posição é defendida pelo candidato Marco Maia. Ele chegou para a reunião dizendo que adotará o diálogo como estratégia. “Estamos chegando na hora de construir um acordo”, disse. Maia rebateu a afirmação de que Vacarezza estaria em vantagem por ser o candidato apoiado pelo governo. “Todos nós somos candidatos do governo. Eu me considero um governista e tenho, sempre, defendido o governo”, comentou.

“O PT tem várias correntes internas. Cada corrente se divide em mais três ou quatro grupos”, disse. “Não está colocado desta forma, de um apoiar o outro. Se eu disser que vou apoiar o Chinaglia, há várias pessoas do meu grupo que podem não me apoiar nessa decisão”, completou.

Chinaglia não descarta a possibilidade de se unir a Marco Maia para fazer uma chapa mais forte e derrotar o candidato considerado favorito, Cândido Vacarezza. “Existe a possibilidade de o Marco Maia me apoiar ou de eu apoiar o Marco Maia. Não excluímos essa hipótese”, disse há pouco, ao deixar a sede do partido.

“Os grupos ainda não amadureceram suas posições internas. É possível que até lá haja um entendimento”, afirmou Paulo Pimenta (RS). Até as 15h, quando começa a reunião, os três candidatos terão conversas com o restante da bancada para garantir apoio e evitar que a disputa vá a voto. “Agora é evitar o voto ou consolidar uma maioria. Quem conseguir compor uma situação mais confortável pode vencer”, disse Marco Maia.

A expectativa é que a decisão saia ainda hoje. O partido tem pressa, já que esta é praticamente a última semana de trabalhos legislativos antes do recesso parlamentar. “Sou otimista. A decisão sai hoje”, disse o deputado e ex-presidente da Casa João Paulo Cunha (SP), que era um dos candidatos e desistiu da disputa.

Fonte: Agência Brasil