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PSDB terá seu candidato a presidente em março, diz Aécio, que despista sobre vice

Segundo o presidente do partido, seu nome é 'possibilidade concreta' e não há consenso sobre chapa puro-sangue tucana

josé cruz/arquivo abr

Aécio: “Não tenho pressa para essa definição”

São Paulo – Sem confirmar o próprio nome, que chama apenas de “possibilidade concreta”, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse hoje (9) que o partido deverá ter em março um “definição formal” sobre a candidatura à Presidência da República. “Esse é um consenso dentro do partido, que até o final de março possamos ter oficiosamente, que seja, a candidatura do PSDB colocada. Esse é um bom momento para que ela ocorra. E a composição da chapa, até o final do mês de maio”, afirmou, após reunião em Belo Horizonte com o governador mineiro, seu sucessor, Antonio Anastasia.

Sobre o candidato a vice-presidente, Aécio comentou que não há consenso sobre uma chapa puro-sangue tucana. “Existem sugestões, e são muitas.” Ele disse considerar natural e positiva a disposição do Solidariedade, partido liderado pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SP), que chegou a indicar o nome do presidente da Força Sindical, Miguel Torres, para o cargo. “Não podemos ultrapassar etapas. Essas coisas têm de ser decantadas com alguma naturalidade. Mas é um nome extremamente qualificado, como outros que têm sido também sugeridos. Não tenho pressa para essa definição”, reagiu o presidente do PSDB.

O líder tucano também esquivou-se de falar sobre a possibilidade de a vaga de vice ser ocupada pelo senador paulista Aloysio Nunes Ferreira. “Não é que eu tenho uma decisão e vou anunciar daqui a três ou quatro meses. Não chegamos nesse nível e eu, pessoalmente, estou evitando essa discussão agora. Ela não é produtiva. E a composição da chapa atenderá ao interesse de toda a coligação. Temos que ter na composição da chapa alguém que o perfil atenda ao interesse maior de todos os partidos coligados, que é o de vencer as eleições. Não está na hora ainda. Não está madura ainda essa decisão.”

Ele não considera a possibilidade de retirada da pré-candidatura do PSB. “Acho que neste momento o quadro está consolidado e considero a candidatura do governador Eduardo Campos, em primeiro lugar, legítima, do ponto de vista da sua história política. Boa para o quadro político nacional”, afirmou. “Quem quis inibir outras candidaturas, quase querendo ganhar por WO, foi o PT. Foi o governo. Nós sempre estimulamos outras candidaturas. Inclusive, a candidatura da ex-senadora Marina Silva.”

Quanto ao PMDB, Aécio observou que existe hoje “posição majoritária” daquele partido pela aliança com o PT. “Seja pelos espaços que ocupa, seja pelos compromissos que assumiu. Mas não tenham dúvidas que teremos em vários estados brasileiros setores do PMDB que encontrarão maior identidade conosco do que com o PT. E essas conversas acontecem permanentemente, nunca deixaram de acontecer.” E cita o caso da Bahia, onde haveria “quase um compromisso formado”, por meio do ex-deputado Geddel Vieira Lima.