Transição

Presidente do Psol nega fala de deputada Sâmia Bonfim contra participação no governo Lula

“Estou certo de que o Psol não virará as costas para Lula e para o governo que ajudou a eleger”, diz Juliano Medeiros depois de entrevista em que deputada disse que partido manteria independência

divulgação/montagem rba
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Juliano e Sâmia: participação no governo Lula em discussão

São Paulo – O presidente nacional do Psol, Juliano Medeiros, negou na manhã desta segunda-feira (5) que o seu partido não participará do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva, como havia dito à coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, a deputada Sâmia Bonfim (SP). “O Psol reunirá seu Diretório Nacional no próximo dia 17. Até lá teremos muitos debates sobre as tarefas do partido a partir de 1º de janeiro. Estou certo de que o @psol50 não virará as costas para Lula e para o governo que ajudou a eleger. Vamos ajudar a reconstruir o Brasil”, afirmou Medeiros, em reação à entrevista de Sâmia.

À jornalista da Folha, Sâmia disse que o partido já tem maioria para se manter independente e não ocupar cargos no governo do presidente Lula. “A gente quer ter liberdade para se posicionar como o Psol sempre se posicionou, como a ala à esquerda no Congresso Nacional, e vocalizar pautas que a gente sabe que ninguém vai pautar”, disse a deputada.

“Temas relativos a direitos humanos, por exemplo, é muito comum que não sejam pautados em função de acordos feitos com fundamentalistas, com setores mais conservadores. A gente quer manter a independência para seguir pautando. Essa é a nossa vocação no Parlamento”, continuou.

Lula define a ‘cara’ de seu ministério, mas só anuncia nomes depois da diplomação

Além da resistência de Medeiros, outro nome que deve resistir à independência é o deputado eleito Guilherme Boulos (SP), que integra a equipe de transição de Lula.

A polêmica entre os dois membros do partido elevou o interesse pela sigla partidária nas redes sociais. Internautas saíram em defesa da união da esquerda para reconstruir o país e afastar o risco de retorno do fascismo representado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).