Prêmio Jovem Cientista

Dilma: ‘Descobertas científicas devem ser aplicadas para ajudar o povo’

Em 2013, programa recebeu 3.226 inscrições. Presidenta destacou a aplicação de novas soluções como o principal caminho para a continuidade do desenvolvimento do Brasil

Roberto Stuckertt Filho/PR

Para Dilma, a água significa para o país riqueza e sustentabilidade, mas também deve ser um desafio

São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff destacou hoje (16) a importância da aplicação de novas conhecimentos e soluções como principal caminho para o Brasil seguir desenvolvido. “Um país que pretende competir em nível mundial precisa não só se dedicar às chamadas grandes e transcendentes questões da ciência, tecnologia e inovação, mas também aplicar essas descobertas para melhorar a vida de seu povo. Por isso, é muito bom ver as novas gerações produzirem conhecimento e soluções”, afirmou, ao participar da cerimônia de entrega do 27º Prêmio Jovem Cientista, no Palácio do Planalto.

O Prêmio Jovem Cientista, cujo objetivo é incentivar o desenvolvimento de novas pesquisas no Brasil, revelar talentos e investir em jovens, apresentou recorde de inscrições em 2013, com 3.226 trabalhos, sendo 2.541 do ensino médio, 301 do ensino superior e 384 da categoria mestre e doutor. Com o tema Água: Desafios para a Sociedade, o programa premiou estudantes e jovens de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Ceará, Paraná e Pará.

Os primeiros lugares das três categorias foram para os projetos “Microgeração em sistemas de abastecimentos de água”, “Mistura de águas salinas como alternativa para a irrigação e produção de forragem no semiárido nordestino” e “Carvão do caroço de açaí e sua eficiência no tratamento de água para o consumo”.

Segundo Dilma, a água significa para o país riqueza e sustentabilidade, mas também deve ser vista como sinônimo de desafios. “De fato, somos o país com a maior reserva de água doce do planeta, mesmo assim a água se distribui de forma desigual pelo nosso grande território, o que explica como a região Nordeste está atravessando a pior seca dos últimos 50 anos. Temos de aprender a preservar e criar formas de uso dessa nossa enorme riqueza. Se soubermos fazer isso, teremos vantagem enorme diante dos demais países.”

A presidenta ainda destacou os números cada vez mais expressivos de participantes em programas para inclusão e qualificação de jovens no ensino superior. Em dois anos, o programa Ciências sem Fronteiras já atendeu a aproximadamente 60 mil alunos, para realizar estudos e pesquisas em 39 países. Cerca de 2,4 milhões de jovens de família de baixa renda ingressaram às universidades por intermédio dos programas Prouni e Fies e aproximadamente 7 milhões de estudantes já participaram do Enem.

“Temos promovido a maior expansão da rede federal superior e tecnológica de nossa história, e estamos estimulando o surgimento de uma nova geração de mestres, doutores, cientistas, que serão protagonistas do salto no desenvolvimento científico e competitividade de nossa economia”, afirma Dilma.

O Prêmio Jovem Cientista é uma iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), em parceria com a Fundação Roberto Marinho, a Gerdau e a GE. Neste ano, concedeu mais de R$ 700 mil em prêmios, além de bolsas de estudo.

Em 2014, o prêmio terá como tema a segurança alimentar. “O tema é desafiador e abrangente para o Brasil e para o mundo. Os cientistas brasileiros estão prontos para servir a ciência nacional de relevância para o bem-estar da sociedade brasileira”, avalia o presidente do CNPQ, Glaucius Oliva.

“Nos últimos três anos nossa produção de conhecimento vem crescendo seis vezes mais do que a média mundial. Ciência, tecnologia e educação passaram a formar o eixo do conhecimento e tornaram-se fundamentais para o crescimento do país. Precisamos produzir mais? Sim, mas estamos no caminho certo”, disse o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp.