São Paulo – Em mais um desdobramento das ações policiais contra terroristas que participaram do ataque a Brasília em 8 de janeiro, a Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta sexta-feira (20), a Operação Lesa Pátria. Os alvos são pessoas que participaram, financiaram, organizaram ou incentivaram os atos criminosos contra as sedes dos Três Poderes. Cinco pessoas foram presas até o final da manhã.

Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em todo o país em endereços de São Paulo (7), Distrito Federal (5), Rio de Janeiro (1), Minas Gerais (1), Goiás (1) e Mato Grosso do Sul (1). Dos oito alvos de pedidos de prisão – determinados pelo Supremo Tribunal Federal – três são de São Paulo, dois do Distrito Federal e um de Minas, Rio e Mato Grosso do Sul cada.

Os elementos são acusados dos crimes de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido. O quinto preso não teve o nome divulgado até o fechamento deste texto.

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Quem são quatro dos presos nesta sexta-feira

• Ramiro Junior (49 anos), mais conhecido como Ramiro dos Caminhoneiros, foi preso no bairro do Ipiranga, em São Paulo. Autodefinido como “patriota a serviço do transporte”, foi candidato a deputado federal por São Paulo pelo PL em 2022, teve 4.542 votos e ficou como suplente, segundo a CNN. Em grupos bolsonaristas é associado à arrecadação de recursos e organização de caravanas.

• Renan Silva Sena foi capturado pela PF no Distrito Federal. Ele foi demitido do Ministério dos Direitos Humanos em maio de 2020, depois de divulgar um vídeo com ofensas a autoridades. No ato de prisão foi encontrado com ele o valor de R$ 22 mil.

• Soraia Bacciotti foi detida em Mato Grosso do Sul. A mulher é intérprete de Libras e atuou na campanha do deputado estadual Capitão Contar (PRTB) ao governo estadual em 2022. Ele foi derrotado por Eduardo Riedel (PSDB) no segundo turno.

• Randolfo Antonio Dias foi preso em Minas Gerais. Ele incentivava ações terroristas como atos contra refinarias e, em áudios, afirmava querer a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.