Congresso do PT

Ministro diz que desafio é elaborar estratégia econômica de esquerda mais clara

Ricardo Berzoini, das Comunicações, faz um balanço do congresso do partido, defende o ajuste e diz que partido precisa se mobilizar contra 'aqueles que querem retroceder'

arquivo/PT

Para Ricardo Berzoini, ministro das Comunicações, PT sai mais coeso e unido do 5º congresso do partido

São Paulo – O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, considera que o PT sai mais “coeso” de seu quinto congresso, encerrado no sábado (13), e que o grande desafio é superar o atual momento de crise econômica e corrupção. Em entrevista à Rádio Brasil Atual, o ministro disse que falta uma “estratégia econômica de esquerda mais clara” que garanta “uma sociedade mais justa, com direitos sociais para todos” e que mobilize a sociedade “para enfrentar aqueles que querem retroceder aos tempos de privatizações, desemprego alto, de falta de políticas públicas” que, segundo ele, se aproveitam da atual conjuntura, para desqualificar um projeto que “mudou a vida do povo brasileiro”.

Segundo o ministro, o partido compreende a necessidade do ajuste fiscal, mas diz que é preciso “elaborar estratégias para para um novo ciclo de crescimento”, baseada em investimentos públicos e privados, visando a atender “demandas populares” em áreas como educação, infraestrutura e transporte.

Sobre a campanha de arrecadação lançada pelo partido durante o congresso, o ministro defende que a legenda se prepare para um ambiente em que o financiamento privado de campanhas deixe ser um negócio “atrativo” para empresas e partidos. “Nada melhor do que o cidadão, simpatizante ou filiado de um partido político, especialmente do PT, poder fazer a sua contribuição de maneira democrática, transparente e com um mecanismo simples.” O partido aposta em doações que poderão ser feitas, por meio do site da legenda, via cartões de crédito e débito. 

A respeito das discussões em torno do novo marco regulatório das comunicações, Berzoini diz que o governo não tem uma proposta a priori e espera ouvir, ao longo do segundo semestre, as opiniões dos diversos segmentos sociais a respeito de mudanças legais para o setor. Para o ministro, as comunicações compõem “um setor econômico que emprega muito e que tem um papel importante na economia, mas também tem um papel importante na formação do conteúdo da nossa sociedade, e nós devemos zelar para que haja sempre democracia, liberdade de expressão” e “em conexão com os anseios da sociedade brasileira”.

Ouça a entrevista completa para a Rádio Brasil Atual: