Marina anuncia hoje se disputará eleições por outro partido

eleições 2014

José Cruz / ABr

Marina Silva e correligionários acompanham sessão do TSE que indeferiu registro do novo partido. Ex-senadora define hoje rumo político

Brasília – A ex-senadora Marina Silva disse que vai anunciar hoje (4), em entrevista coletiva à imprensa, se vai concorrer às eleições do ano que vem por outra legenda. Ela deu a declaração logo após ter conhecido a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que na noite de ontem negou registro ao partido Rede Sustentabilidade, do qual é fundadora. Os ministros entenderam que a legenda não conseguiu o mínimo de 492 mil assinaturas de apoiadores exigido pela Justiça Eleitoral.

Sobre concorrer às eleições por outro partido, Marina disse que não discutiu um plano alternativo para disputar o pleito, porém, a decisão será anunciada hoje. “Eu tenho um plano A e continuo no plano A. O plano A é a Rede Sustentabilidade e ela continua como projeto político”, concluiu.

Após o julgamento, Marina Silva disse que ter se decepcionado com a decisão do TSE, porque entende que a corte reconheceu que seu partido preencheu os demais requisitos da Justiça Eleitoral. “O mais importante é que nós obtivemos a declaração de todos os ministros de que temos os requisitos mais importantes para ser um partido político. Eles disseram que nós temos um programa e representação social. O registro é só uma questão de tempo˜, declarou.

Pedido negado

A sessão do TSE que negou registro ao partido Rede Sustentabilidade, foi encerrada na noite de ontem. Por votos a 6 votos a 1, os ministros entenderam que a legenda não conseguiu o mínimo de 492 mil assinaturas de apoiadores exigido pela Justiça Eleitoral. Com a decisão, o partido não poderá participar das eleições do ano que vem. O prazo final para registro de partidos termina sábado (5).

Os ministros João Otávio de Noronha, Henrique Neves, Luciana Lóssio, Marco Aurélio e a presidenta da Corte, Cármen Lúcia, seguiram o voto da relatora do processo, ministra Laurita Vaz. A relatora entendeu que não é possível validar no TSE as 95 mil assinaturas que foram invalidadas pelos cartórios eleitorais.

Gilmar Mendes foi o único voto a favor da concessão do registro ao partido. O ministro disse que alguns cartórios eleitorais não fizeram o trabalho adequado na validação das assinaturas. Mendes defendeu a informatização do processo de coleta das assinaturas para evitar os problemas com a invalidação de assinaturas sem justificativas.”Estamos em um dos mais modernos dos tribunais, que tem a urna eletrônica. Estamos contando uma história que nos enche de constrangimento. Vamos atualizar a Justiça Eleitoral”, declarou.

A presidenta do TSE rebateu as críticas à Justiça Eleitoral feitas pelo ministro Gilmar Mendes. Cármen Lúcia disse que não vota com constrangimento e defendeu o trabalho dos servidores. “Os cartórios têm dado testemunho de trabalho, que autuaram com a rapidez necessária. Se houve pendência, não foi pela inércia. Acredito no trabalho dos servidores da Justiça Eleitoral”, ressaltou.

Com Agência Brasil