Líder do PSD na Câmara dos Deputados vê semana ‘quente’ para costuras

Deputado Guilherme Campos afirma que partido já havia saído vitorioso no primeiro turno, com 494 municípios, e destaca vitória em Florianópolis, primeira capital, no segundo

Líder do partido de Kassab espera “digerir” resultados antes de discutir futuras alianças (Foto: Alexandra Martins/Agência Câmara)

São Paulo – O líder do PSD na Câmara dos Deputados, Guilherme Campos, considera que o partido consolida no segundo turno o expressivo resultado já alcançado no primeiro. Em sua primeira prova nas urnas, o PSD – que surgiu de uma cisão do DEM capitaneada pelo prefeito paulistano Gilberto Kassab – já havia conquistado 494 prefeituras em 7 de outubro e agora celebra sua primeira ascensão à administração de uma capital. “Vencemos em 100% das capitais em que estivemos na disputa”, brincou Campos, referindo-se à única capital em que o partido estava no páreo neste domingo (28).

“Vencemos também em cidades importantes, como Ribeirão Preto e Londrina, perdemos em outras, como Blumenau e Joinville. Mas nosso desempenho matou muitas ilações que nos foram feitas pondo em dúvida nossa força eleitoral. São cerca de 500 municípios e quase 5 mil vereadores em todo o país”, comemorou o líder. Depois de o partido ter se aproximado da base de apoio do governo Dilma Rousseff no Congresso Nacional, Campos considera prematura qualquer especulação sobre alianças políticas regionais.

O deputado minimizou a oposição petista ao governo Kassab na capital paulista e lembrou que seu partido foi aliado do PT em diversas cidades, como São Bernardo, onde Luiz Marinho venceu no primeiro turno, e Campinas, com a empresária Adriana Flosi sendo vice na chapa liderada por Márcio Pochmann. Uma das novidades lançadas pelo ex-presidente Lula nas eleições deste ano, Pochmann acabou derrotado por Jonas Donizette (PSB), por 57,69% a 41,31%.

Questionado sobre a disposição do partido em discutir uma eventual aliança com o PT visando à disputa estadual em 2014, Campos desconversou. “Agora tudo começa do zero. Vamos digerir bem os resultados primeiro. Mas tenho certeza de que a semana já vai começar quente, com discussões muito importantes, por exemplo, o processo de sucessão na Câmara.” O partido pode ter um peso importante na formação da base de apoio que pode dar a presidência da Câmara Municipal ao PT, que fez o maior número de vereadores, 11, seguido pelo PSDB, com nove. Portanto, precisará de pelo menos 28 votos para eleger o presidente da Mesa e os sete da futura bancada do PSD podem ser decisivos para que a nova administração de Fernando Haddad na cidade comece com um apoio parlamentar mais consistente.