Brasília – O Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF) divulgou, há pouco, um segundo boletim sobre a situação do deputado José Genoino onde afirma que o resultado dos exames laboratoriais e de imagem realizados por ele desde ontem à tarde e que tiveram continuidade nesta sexta-feira (22) descartaram infarto agudo do miocárdio. Foi diagnosticada, no entanto, elevação dos níveis de pressão arterial do paciente, que podem comprometer o resultado da cirurgia realizada, recentemente, para correção de dissecção da aorta. Também foi detectado quadro de alteração de coagulação secundária ao uso de anticoagulante no deputado, o que aumenta o risco de ele vir a ter sangramentos.

Conforme ainda o boletim médico, Genoino encontra-se em situação estável, mas precisará permanecer internado até o controle adequado da sua pressão arterial e dos parâmetros da coagulação. O documento, a exemplo do que foi divulgado na noite de ontem (21), reitera o quadro clínico do paciente, com histórico de hipertensão arterial sistêmica, tendo sido submetido a cirurgia para correção de dissecção da aorta em julho passado e tido um acidente vascular cerebral (AVC) em agosto. É assinado pelos médicos Núbia Welerson Vieira (diretora do instituto) e João Gabbardo dos Reis (superintendente da área que atendeu o deputado).

Durante a manhã, foi tranquilo o movimento em frente ao local, mais conhecido em Brasília como Instituto do Coração (Incor). Em atendimento a pedidos feitos pela família e também a recomendações médicas, parlamentares e assessores evitaram ir até o local, para evitar que Genoino fizesse esforço e mantivesse repouso. No momento, estão com ele a esposa, Rioco, e os três filhos, Ronan, Miruna e Mariana.

Do outro lado da cidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou, no final da manhã, a criação de uma junta médica conforme determinado pelo presidente do tribunal, ministro Joaquim Barbosa, para avaliar a situação de Genoino. Os médicos que vão compor a junta já foram indicados pelo Hospital Universitário de Brasília – mas o STF não divulgou seus nomes nem disse quantos profissionais comporão o grupo.