Congresso do PT

Dilma: ‘Governo do PT é o mais exitoso da história do país’

Falando no Congresso Nacional do PT, presidenta enumera políticas públicas de inclusão social e cita Mandela para falar de conciliação com forças opositoras

Pedro Ladeira/Folhapress

Lula e Dilma, durante 5º Congresso Nacional do PT, em Brasília: pactos, avanços e problemas relembrados

Brasília – Falando como integrante do PT, a presidenta Dilma Rousseff participou do 5º Congresso Nacional da legenda citando o líder sul-africano Nelson Mandela para defender as alianças políticas como meio de se alcançar as mudanças que o país experimenta desde a fundação do partido. “Da mesma forma que Mandela, uma fonte de inspiração para as lutas libertárias no mundo todo, conseguiu fazer da política de conciliação uma forma de luta e de se construir uma nova nação, o PT está completando 34 anos com uma trajetória de conquistas antes tidas como impossíveis”, disse Dilma.

A presidenta destacou ainda a ascensão de brasileiros à classe média, a redução da desigualdade e o acesso a bens de consumo para um número maior de pessoas. “Escutei ao longo da minha juventude que era impossível crescer e distribuir renda ao mesmo tempo e estamos fazendo isso. Reduzimos a taxa de desemprego, estamos com a inflação dentro da meta estabelecida e jamais esqueceremos que a inflação pesa mais sobre aqueles mais pobres.”

De acordo com a presidenta, o Brasil de hoje é um país diferente. “O contraste entre o país que nos foi entregue e o que nós temos hoje é abissal. Hoje o Brasil é forte e grande, superou obstáculos e fala de igual para igual com todos os outros países.”

Das ruas

Em seu discurso, Dilma lembrou os pactos definidos pelo seu governo logo após os protestos e atos públicos de junho passado – da responsabilidade fiscal, da reforma política, da educação, da saúde e da mobilidade urbana –, criticou indiretamente os Estados Unidos por causa das denúncias de espionagem eletrônica sobre outros governos, inclusive o Brasil e voltou a rechaçar as críticas sobre o modelo de partilha adotado para a concessão do campo de exploração petrolífera de Libra.

“Tratar como privatização é mentira e tentativa de criar confusão onde não existe. O modelo de partilha tem o grande mérito de trazer para o governo os recursos do petróleo. Do total, 75% irá para o governo e 25% para as empresas e as empresas aceitaram essas regras porque sabem que há muito óleo e de boa qualidade para extrair”, defendeu. A presidenta estima uma receita de R$ 1 trilhão em 35 anos e lembra que 50% desses recursos serão destinados à educação. “Antes ficávamos só com os royalties, agora não, ficaremos com os royalties e com estes recursos. Isso não tem a menor semelhança com qualquer processo de privatização em nenhum lugar do mundo”, acentuou.