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‘Copa apressou obras que já estavam previstas no PAC’, diz Dilma em pronunciamento

Em pronunciamento oficial na noite de ontem (10), presidenta afirmou que obras foram feitas ‘em primeiro lugar para os brasileiros’ e que ‘os pessimistas já entraram perdendo’

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Presidenta Dilma durante a transmissão do pronunciamento oficial, na noite de ontem (10)

São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff afirmou ontem (10), em pronunciamento oficial na rede de rádio e televisão, que a Copa do Mundo intensificou a realização de obras que já estavam previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e que elas continuarão beneficiando os brasileiros depois do evento.

“Construímos, ampliamos ou reformamos aeroportos, portos, avenidas, viadutos, pontes, vias de trânsito rápido e avançados sistemas de transporte público. Fizemos isso, em primeiro lugar, para os brasileiros. Tenho repetido que os aeroportos, os metrôs, os BRTs e os estádios, não voltarão na mala dos turistas. Ficarão aqui, beneficiando a todos nós. Uma Copa dura apenas um mês, os benefícios ficam para toda vida”, disse.

Dilma lembrou que os estádios construídos para o torneio serão multiuso e poderão ser usados como centros comerciais, de negócios e de lazer e para sediar shows e festas populares. “Agora também temos estádios modernos e confortáveis, de norte a sul do país, à altura do nosso futebol e dos nossos torcedores.”

No pronunciamento, a presidenta rebateu ainda críticas à Copa e aos investimentos no evento. “Como se diz na linguagem do futebol: treino é treino e jogo é jogo. No jogo, que começa agora, os pessimistas já entram perdendo. Foram derrotados pela capacidade de trabalho e pela determinação do povo brasileiro, que não desiste nunca”, afirmou.

“Os pessimistas diziam que não teríamos Copa porque não teríamos estádios. Os estádios estão aí, prontos. Diziam que não teríamos Copa porque não teríamos aeroportos. Praticamente, dobramos a capacidade dos nossos aeroportos. Chegaram a dizer que iria haver racionamento de energia. Quero garantir a vocês: não haverá falta de luz na Copa, nem depois dela. Chegaram também ao ridículo de prever uma epidemia de dengue na Copa em pleno inverno, no Brasil!”

Para a presidenta, a crítica de que os recursos da Copa deveriam ter sido investidos em saúde e educação é “um falso dilema”. “Só para ficar em uma comparação: o dinheiro dos estádios, construídos em parte com financiamento dos bancos públicos federais e em parte com recursos dos governos estaduais e das empresas privadas, somaram R$ 8 bilhões. Desde 2010, quando começaram as obras, o governo federal, os estados e os municípios investiram cerca R$ 1,7 trilhão em educação e saúde.”

Segundo Dilma, o valor investido nessas duas áreas nos últimos quatro anos foi 212 vezes maior que o montante usado na construção dos estádios. “A Copa não representa apenas gastos. Ela também traz receitas para o país. É um fator de desenvolvimento econômico e social. Gera negócios, injeta bilhões de reais na economia, cria empregos”, afirmou. “As contas da Copa estão sendo fiscalizadas minuciosamente pelos órgãos de fiscalização. Se ficar provada qualquer irregularidade os responsáveis serão punidos com o máximo rigor.”