Blairo Maggi é preferido do PR para o Ministério dos Transportes

Ex-governador do Mato Grosso, que indicou o diretor do Dnit, tem apoio do partido

São Paulo – O primeiro da lista do PR para ocupar o Ministério dos Transportes é o senador Blairo Maggi (MT). Os boatos sobre sua indicação circularam durante toda a tarde desta quinta-feira (7), dando conta de que a presidenta Dilma Rousseff teria interesse em indicá-lo para minar a influência do deputado Valdemar da Costa Neto (PR-SP) sobre a estrutura da pasta.

O também senador Alfredo Nascimento (PR-AM) deixou o posto na quarta-feira (6), após denúncias de que um esquema de propinas estaria em funcionamento no ministério. Maggi foi um dos articuladores da indicação de outro envolvido no suposto esquema, Luiz Antônio Pagot, para a diretoria-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Segundo o líder do PR na Câmara, deputado Lincoln Portela (MG), o ex-governador do Mato Grosso não confirmou se recebeu ou não o convite para ocupar o cargo. “Ele seria um bom nome. Mas a confirmação tem que vir da presidenta Dilma Rousseff”, disse.

Portela disse ter se reunido com o líder da legenda no Senado, Magno Malta (ES), e o próprio Maggi para tratar da escolha do indicado. “Ele nos disse que tinha que fazer avaliação sobre questões pessoais e de suas empresas para verificar se poderia ou não assumir o ministério”.

No início da tarde desta quinta, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, deixou claro que a escolha do novo ministro dos Transportes cabe à presidenta Dilma. O parlamentar informou, ainda, que os líderes na Câmara e no Senado e Blairo aguardam uma convocação da presidenta Dilma Rousseff para tratar da sucessão.

Diante de críticas quanto à participação de dois dos pivôs do escândalo de corrupção, o ex-ministro Nascimento e Valdemar Costa Neto, o PR decidiu afastá-los do processo de escolha do sucessor no ministério. Apesar de descartar um rompimento com o governo, Portela reconheceu que “há setores do partido que ficaram um pouco desgostosos com a saída de Nascimento”.

Com informações da Agência Brasil