Fim do pesadelo

Após diplomação de Lula, anúncio de novos ministros é esperado para esta terça-feira

Alexandre Padilha, Marina Silva, Simone Tebet, Márcio França e Esther Dweck estão entre os possíveis novos ocupantes da Esplanada dos Ministérios

A partir de 1° de janeiro bolsonaristas finalmente deixarão Esplanada dos Ministérios, que será ocupada por ministros de Lula

São Paulo – Depois do anúncio dos primeiros cinco ministros do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na semana passada, espera-se para esta terça-feira (13) um novo “lote” de nomes para ocupar a Esplanada dos Ministérios a partir de 1° de janeiro. Na sexta-feira, foram tornados públicos os nomes de Fernando Haddad (Fazenda), José Múcio (Defesa), Flávio Dino (Justiça), Rui Costa (Casa Civil) e Mauro Vieira (Relações Exteriores). Andrei Passos Rodrigues será o diretor-geral da Polícia Federal.

Alexandre Padilha, ex-ministro das Relações Institucionais de Lula e da Saúde de Dilma Rousseff é considerado nos bastidores como nome certo na Esplanada, embora não se crave uma pasta. Como um dos coordenadores da campanha de Lula, é cotado para  Relações Institucionais novamente. Chegou a ser nome ventilado para a Fazenda, mas a pasta já foi ocupada por Haddad.

Marina Silva é um nome recorrentemente mencionado para o Meio Ambiente. Não apenas por ter se engajado na campanha de Lula, mas por ser um nome internacionalmente respeitado na área, que terá grande importância nas relações do Brasil com o mundo.

Um dos principais nomes da frente ampla que se uniu em torno de Lula no segundo turno da eleição, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) é mencionada como possível futura ministra tanto da Agricultura como da Educação ou outras pastas que sejam ligadas a área social.

Planejamento, BNDES e Cidades

Figura proeminente no Grupo de Trabalho do Planejamento do governo de transição, o nome da economista Esther Dweck cresceu nos últimos dias como cotada para ocupar o ministério que será recriado. Ela faria um “dueto” com Haddad. Dweck é doutora em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e foi secretária de Orçamento do Ministério do Planejamento no governo de Dilma Rousseff.

Aloizio Mercadante, que já foi mencionado como possível nome para o Planejamento, nesta segunda-feira (12) era dado como certo para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Ex-governador de São Paulo, Márcio França abriu mão da candidatura ao governo paulista em favor de Haddad e é outro nome considerado certo. Ele pode assumir o Ministério das Cidades ou Ciência e Tecnologia. A cantora Margareth Menezes será ministra da Cultura.

Provável candidato de seu partido à prefeitura de São Paulo, possivelmente com apoio do PT, o recém-eleito deputado federal Guilherme Boulos (Psol) é citado como possível ministro das Cidades. Neste caso, França iria provavelmente para Ciência e Tecnologia.

Forças Armadas definidas

Considerado ponto nevrálgico de todo o processo eleitoral devido aos ataques de Jair Bolsonaro às instituições, os militares que comandarão as forças armadas já foram anunciados pelo ministro José Múcio. São eles:

  • Exército: general Julio Cesar de Arruda, chefe do Departamento de Engenharia e Construção e mais antigo da tropa;
  • Marinha: almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen, comandante de Operações Navais da Marinha;
  • Aeronáutica: tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, atual chefe do estado-maior da Aeronáutica.

O comandante do Estado-Maior das Forças Armadas será o almirante de Esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire, atual chefe do estado-maior da Marinha. De acordo com o rodízio tradicional, o comando do Estado Maior seria mesmo da Marinha.

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