Enquanto país atinge recorde de mortes, Bolsonaro reúne deputados para ‘almoço alegre’
Confraternização “descontraída” reuniu no Palácio do Planalto governador Romeu Zema (MG) e parlamentares da bancada mineira
Publicado 03/03/2021 - 15h28
São Paulo – “Alegre” e “bem descontraído”. Assim estava o presidente Jair Bolsonaro, com direito a leitão assado, em almoço no Palácio do Planalto promovido por ele na terça-feira (2). Para a confraternização foram convidados o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e parlamentares da bancada mineira. O testemunho do bom humor do chefe de governo – no dia em que o Brasil registrou o recorde de mortes por covid-19 desde o início da pandemia, com 1.726 vidas perdidas – é do deputado Fábio Ramalho (MDB-MG), um dos convidados, segundo nota publicada na coluna “Painel”, da Folha de S. Paulo, nesta quarta (3).
Por outro lado, enquanto Bolsonaro e sua pequena comitiva participavam do “almoço alegre e descontraído” à base de leitão a pururuca, 22 governadores e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se reuniam para tentar definir estratégias de combate à crise sanitária e econômica.
“Festejando o quê?”
“No dia que o país bateu novo recorde de mortes diárias, o presidente estava assando um leitão c/ amigos no Palácio do Planalto. Tá festejando o quê, @jairbolsonaro? UTIs lotadas? Falta de vacina? A fome dos brasileiros? Você não é só um péssimo presidente, você é uma pessoa ruim”, escreveu no Twitter o deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ).
“Com certeza o Tribunal Penal Internacional vai julgar Bolsonaro por crimes contra a humanidade, pois a preocupação com o Brasil é por estar se tornando o epicentro da pandemia graças ao negacionismo e omissão genocida”, apontou Maria do Rosário (PT-RS).
Ontem, dia do almoço no Planalto, Ivan Valente (Psol-SP) lembrou, também no Twitter, o escândalo imobiliário do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). “Brasil batendo recorde todos os dias e Bolsonaro negando a pandemia e sabotando a vacinação. Hoje ele está preocupado com a repercussão da compra da MANSÃO do Flávio por R$ 6 milhões. Corrupção escancarada do roubo das rachadinhas e relação imobiliárias da milícia.”