Vítimas de terremoto na Itália passam a noite em acampamentos e carros

Carros e prédios históricos foram destruídos por terremoto na região da Bolonha, na Itália (Foto: Giorgio Benvenuti/Reuters) Brasília – Milhares de pessoas tiveram que deixar suas casas depois de o […]

Carros e prédios históricos foram destruídos por terremoto na região da Bolonha, na Itália (Foto: Giorgio Benvenuti/Reuters)

Brasília – Milhares de pessoas tiveram que deixar suas casas depois de o terremoto de 6 graus na escala Richter atingir o Norte da Itália, na região de Bolonha, no domingo (20). Pelo menos sete pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas. Diversos edifícios históricos foram danificados. Com medo de novos tremores de terra, muitos passaram a noite em abrigos e até dentro de veículos. 

Equipes de segurança civil da cidade de Finale Emilia montaram barracas em um campo de futebol para acomodar centenas de moradores. Muitos tiveram as casas destruídas, mas alguns estavam com medo de retornar ao lugar onde moravam. “A situação atual é muito tensa, mas não dramática”, disse o coordenador da equipe, Diego Gottarelli.

Um segundo tremor de magnitude 5,1 graus na escala Richter atingiu o norte da Itália, destruindo mais edifícios, que estavam com as estruturas fragilizadas. O epicentro do primeiro terremoto foi entre as cidades de Finale Emilia, San Felice e Sermide, que ficam cerca de 35 quilômetros ao norte de Bolonha. Também foi percebido em Milão e Veneza.

As vítimas incluem dois trabalhadores de uma fábrica de cerâmica em Sant’Agostino. Uma terceira pessoa, que deve ser de origem marroquina, segundo informações preliminares, morreu em Ponte Rodoni do Bondeno e um trabalhador de Tecopress di Dosso morreu depois que o telhado em que estava caiu. Três mulheres também morreram de ataques cardíacos em consequência do terremoto, segundo relatos.

Edifícios históricos

A TV italiana mostrou diversos edifícios históricos da região reduzidos a escombros. O teto de uma capela do século 6, reformada em San Carlo, próxima à cidade de Ferrara, caiu, deixando as estátuas e a decoração interna expostas. A restauração da capela havia durado oito anos.

A região de Emilia-Romagna também foi atingida pelo tremor. Igrejas históricas desabaram e um castelo do século 14, que sobreviveu a guerras e invasões, teve suas estruturas danificadas.

Em Finale Emilia, metade da torre de um relógio do século 14 foi destruída pelo tremor inicial, ocorrido às 4h04 da madrugada de domingo (23h04 de sábado em Brasília). Doze horas depois, novo abalo derrubou a outra metade da torre. 

O tremor ocorreu numa área plana no Vale do Rio Pó, que acreditava-se ser uma área livre do risco de terremotos. 

O terremoto é o pior ocorrido na Itália desde o de L’Aquila, que matou cerca de 300 pessoas em 2009. O Norte da Itália é atingido frequentemente por terremotos de pequeno porte.

 Com informações da Reuters