Por unanimidade, Conselho de Segurança aprova resolução contra armas nucleares

Em reunião histórica presidida por Barack Obama, o órgão adotou medida de não-proliferação nuclear

Conselho de Segurança da ONU (Foto:Mark Garten/ONU)

O Conselho de Segurança da ONU adotou nesta quinta-feira (24) uma resolução histórica sobre desarmamento e não-proliferação nuclear.

O documento foi aprovado por unanimidade em reunião presidida por Barack Obama, dos Estados Unidos.

Armas Atômicas

A resolução 1887 pede aos países membros do Tratado de Não-Proliferação Nuclear que respeitem as suas obrigações e apela aos não-signatários que se juntem a ele como Estados sem armas atômicas, para torná-lo universal.

O texto também pede que todas as nações negociem uma redução dos arsenais nucleares e trabalhem em prol de um tratado de desarmamento geral e completo sob rígido controle internacional.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu ao Conselho de Segurança para usar esta reunião histórica como uma plataforma para uma eventual eliminação de armas nucleares.

Desarmamento

Ban disse que o desarmamento é a única via sensata para um mundo mais seguro. Ele afirmou que a ameaça das armas nucleares só irá desaparecer com a sua eliminação.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que os próximos 12 meses serão cruciais para determinar se a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança e os esforços globais para acabar com o alastramento de arsenais nucleares deram frutos.

O presidente americano afirmou que uma guerra nuclear não tem vencedores e que tudo deve ser feito para que este episódio nunca ocorra.

Tratado

Além da reunião do Conselho de Segurança, acontece também na sede da ONU uma conferência de dois dias para promover a entrada em vigor do Tratado Abrangente de Proibição de Testes Nucleares. O acordo foi assinado por 181 países e ratificado por 150.

O tratado terá, contudo, de ser ratificado por nove outras nações, incluindo a China, Irã, Estados Unidos, Paquistão e Coreia do Norte, antes de entrar em vigor.

Fonte: Rádio ONU