Na África do Sul, mineradora onde morreram 44 vai demitir quem permanecer em greve

A empresa Lonmim, que opera uma mina de platina na África do Sul, anunciou que vai demitir os funcionários que permanecerem em greve a partir desta segunda-feira (20). Na semana […]

A empresa Lonmim, que opera uma mina de platina na África do Sul, anunciou que vai demitir os funcionários que permanecerem em greve a partir desta segunda-feira (20). Na semana passada, policiais sul-africanos mataram 44 grevistas, em um episódio que resgatou os tempos de apartheid no país.

Imagens registradas por emissoras de televisão mostram que os trabalhadores foram atacados com armas de fogo, enquanto tentavam se defender com paus e pedras.

A Lonmim disse que apresentou propostas de reajustes de 17% a 25% aos trabalhadores. Desde o dia 10, há um movimento de paralisação, e cerca de três mil funcionários da mina cruzaram os braços. Eles exigem reajuste de salários e melhorias nas condições de trabalho. A Lonmin é a terceira maior produtora de platina do mundo.

O governo sul-africano criou uma comissão interministerial de inquérito para investigar as 34 mortes. De acordo com o governo, o primeiro trabalho é apoiar as famílias das vítimas, incluindo apoio para aconselhamento psicológico e os preparativos e custos dos enterros. As atividades da comissão começam hoje, em Marikana, onde está a mina da empresa Lonmim.