Marine Le Pen chama Madonna de ‘velha’ e ameaça processá-la‎ por vídeo

Estreia da turnê 'MDNA' em Tel Aviv mostrou a presidente da Frente Nacional com uma suástica tatuada na testa

Reprodução do vídeo que provocou a polêmica entre a líder direitista francesa, Marine Le Pen, e a cantora Madonna (©youtube.com)

São Paulo – Bastaram dois segundos em que a imagem da líder da direita francesa Marine Le Pen apareceu com uma suástica no rosto, durante a estreia da turnê mundial “M.D.N.A” da cantora norte-americana Madonna, em Tel Aviv, Israel, para acender a ira da ex-candidata da Frente Nacional às eleições presidenciais.

Em entrevista ao tabloide Daily Mail hoje (4), a líder conservadora chamou Madonna de “cantora velha” e prometeu processá-la caso a performance seja repetida em shows da turnê em território francês. “Nós entendemos como cantoras velhas, que precisam de pessoas falando sobre elas, vão a tais extremos. Se ela fizer isso na França no mês que vem, eu estarei esperando”, ameaçou Le Pen.

O vídeo pode ser visto aqui.

Madonna tem shows marcado para abril nos estádios de Paris e no Riviera, na cidade de Nice. Também em resposta à exibição da artista, membros da Frente Nacional prometeram se unir a Le Pen caso a cantora insista em mostrar a imagem na França. “Nós não somos um partido nazista e não queremos ser retratados como tal. Se você acusa a Frente Nacional de ser racista ou anti-semita, você está acusando 5% dos eleitores da França, que votaram em nós nas últimas eleições. Se Madonna repetir a performance na França, ela será certamente levada a julgamento”, disse uma fonte que não quis ser identificada ao Daily Mail.

Marine Le Pen comprometeu-se a reformar a Frente Nacional depois que assumiu a liderança do partido no ano passado, quando seu pai Jean-Marie Le Pen deixou o posto. Ele é um conhecido político condenado por racismo e anti-semitismo na Justiça da França e que negava o acontecimento do holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial.

A filha tem liderado a legenda com ideias menos radicais, mas frequentemente defende limitações à imigração de muçulmanos para diminuir a influência da cultura islâmica na França. Ela ganhou 18% dos votos no primeiro turno das últimas eleições presidenciais, no início do mês passado.

 

Leia também

Últimas notícias