São Paulo – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parte de Pequim na manhã deste sábado (15), às 9h no horário local (22h desta sexta em Brasília), e ruma para Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos. Lula foi convidado pelo presidente e emir, xeique Mohammed bin Zayed Al Nahyan. Lula já esteve no país árabe em dezembro de 2003, em seu primeiro mandato.

Os Emirados Árabes Unidos se colocam entre os três principais parceiros comerciais do Brasil no Oriente Médio. O comércio bilateral chegou a US$ 5,7 bilhões em 2022, com expansão de 74% em relação a 2021 e superávit a favor do Brasil de US$ 739 milhões, segundo o Palácio do Planalto. O agronegócio é o principal produto exportado, com quase 60% da pauta brasileira de exportação.

A confederação árabe localizada no Golfo Pérsico, reunião de monarquias que formam o país, é também o maior investidor do Oriente Médio no Brasil, segundo o governo brasileiro, com volume da ordem de US$ 10 bilhões. Do lado do Brasil, cerca de 30 empresas estão presentes nos Emirados, entre elas Vale, Embraer, Tramontina, WEG, Marcopolo, Itaú, BRF, JBS, Odebrecht e Copacol.

Os Emirados Árabes Unidos serão a sede da 28ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 28), neste ano. O Brasil pleiteia sediar a COP 30, em 2025, e tem o apoio da China.

O país enviou representantes para a posse de Lula em janeiro. Eles vieram com a ministra de Estado para a Cooperação Internacional, Reem bint Ibrahim Al Hashimy, que chefiou a delegação.

Chegada à tarde no horário local

A chegada do presidente brasileiro a Abu Dhabi está prevista para aproximadamente 7h30 (horário de Brasília, 14h30 no horário local). Depois é prevista uma cerimônia oficial “de chegada” no Palácio Presidencial, onde ele se reúne por volta das 11h (de Brasília, 18h na capital árabe) com o presidente do país.

Lula fez uma visita de dois dias à China, liderada pelo presidente Xi Jinping. Os dois países assinaram uma série de acordos em diversas áreas e a visita repercutiu em todo o mundo, marcando a volta do Brasil ao cenário internacional depois de quatro anos de bolsonarismo, período em que o país se isolou e se tornou um pária na diplomacia mundial.

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