Tragédia humanitária

Israel já deixa ao menos 1.524 crianças mortas em ataques na Faixa de Gaza

Números mais recentes revelam uma tragédia sem precedentes em Gaza, com um total de 3.785 palestinos mortos e 12.493 feridos

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De acordo com estudos, há uma queda de cerca de 96% na atividade econômica. Outros setores vitais, como agricultura, manufatura e serviços, também estão comprometidos

São Paulo – O Ministério da Saúde de Gaza divulgou novo balanço das mortes e da destruição provocada pelo massacre de Israel contra o povo palestino. Os ataques começaram no dia 7, após ataque do grupo armado Hamas em território israelense. Os números mais recentes revelam um total de 3.785 palestinos mortos e 12.493 feridos. Mas é provável que estes números sejam ainda maiores.

Dentre os dados mais revoltantes para o mundo árabe e para os humanistas, destaca-se o fato de que 1.524 das vítimas fatais são crianças, mil são mulheres e 120, idosos. Além disso, 3.983 crianças e 3.300 mulheres estão entre os feridos. Israel já lançou mais de 6 mil bombas em um território menor do que a cidade de São Paulo.

Entre os ataques israelenses, destacam-se aqueles em hospitais e centros de referência no atendimento a pacientes. De fato, trata-se do modus operandi das forças do estado sionista. Mais de 20 hospitais já foram bombardeados e mais de uma dezena de escolas da ONU também estão entre os alvos.

Como resultado, uma grande contagem de baixas entre os profissionais de saúde. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, ao menos 44 profissionais de saúde morreram, e outros 70 ficaram feridos, enquanto cumpriam seu dever humanitário de cuidar dos necessitados.

Ataques deliberados em Gaza

O Ministério da Saúde destacou a gravidade da situação. Representantes do ministério afirmam que “forças israelenses parecem ter deliberadamente atacado 23 ambulâncias que agora estão completamente fora de serviço”. A paralisação desses veículos de emergência representa um obstáculo adicional para o atendimento rápido e eficaz às vítimas.

Além disso, dados oficiais falam em 19 unidades de saúde que foram diretamente ou indiretamente visadas. A ação forçou a interrupção das operações em 14 centros de saúde vinculados ao sistema de cuidados primários do Ministério da Saúde na Faixa de Gaza. A falta de energia já dura mais de sete dias e a grave escassez de combustível coloca em risco a operação de todas as instalações de saúde, agravando ainda mais a situação humanitária. “Todas as instalações de saúde correm o risco de paralisação total”, afirma o ministério.

A comunidade internacional, liderada pelo Brasil à frente do Conselho de Segurança da ONU, continua pressionando por um cessar-fogo e um retorno ao diálogo. Contudo, Israel descarta a opção e conta com apoio dos Estados Unidos para manter a rotina de massacres. Ainda há a expectativa de ataques por tropas terrestres, o que deve deixar o genocídio ainda mais feroz, aumentando mortes e crimes de guerra como estupros e ataques em hospitais.

Baixas em Israel

De acordo com o governo de Benjamin Netanyahu, o ataque do Hamas no dia 7 de outubro matou 1.400 pessoas, entre elas, muitos civis que estavam em um festival de música eletrônica perto da Faixa de Gaza. Ainda de acordo com o governo local, 120 pessoas seguem reféns do grupo armado palestino. Contudo, vale reforçar que, de acordo com dados das Nações Unidas, entre 2008 e 2020, 96% das mortes em conflitos de Israel e Palestina foram de palestinos. E os ataques sinonistas prosseguem, inclusive com incursões por terra na Cisjordânia. Também há notícias de uma igreja ortodoxa bombardeada hoje, que servia de abrigo para 400 palestinos no território.

Com informações da Agência Brasil


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