Impeachment é ‘assalto à democracia’, diz ministro de Lugo

Em entrevista exclusiva à Rádio Brasil Atual, autoridade paraguaia afirma que imprensa do país estimula ambiente de violência

Senado do Paraguai debate hoje aprovação do processo de impeachment de Lugo aberto pela Câmara (Jorge Adorno/Reuters)

São Paulo – Em entrevista exclusiva à repórter Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual, o ministro paraguaio José Tomás Sánchez, da Secretaria da Função Pública, disse na manhã de hoje (22), que o processo de impeachment aprovado pela Câmara dos Deputados e agora em análise pelo Senado, contra o presidente Fernando Lugo, é um “assalto à democracia”. 

O chefe de gabinete civil da presidência da República do Paraguai, Miguel López Perito, deve apresentar uma ação de inconstitucionalidade devido à falta de garantias no processo de impeachment. E o presidente Lugo responsabiliza Horacio Cartes, pré- candidato à presidência pelo partido Colorado, de tramar o julgamento político.

No processo de impeachment, existem cinco acusações contra Lugo. A principal delas é a responsabilização por um conlfito entre policiais e trabalhadores rurais, ocorrido dia 15, no qual morreram 18 pessoas.

Tomás Sánchez afirma que o processo é “débil” e não reúne provas contra Lugo. “A própria acusação diz que não há necessidade de elementos probatórios”, denuncia. Segundo ele, há um ambiente de muita violência no país, estimulado pelos meios de comunicação.

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