imigração

Entrada de refugiados no país cresceu 1.255% nos últimos quatro anos

Coordenadora do Conectas destaca a inserção internacional do Brasil, avanços no emprego e solidariedade do povo como fatores de atração

Laura Daudén/Conectas.Org

Haitianos e ganeses em busca de uma vida melhor no Brasil

São Paulo – Entre 2010 e 2014 número de refugiados no país cresceu 1.255%, segundo dados da agência da ONU que cuida da questão. Atualmente, o governo brasileiro reconhece pouco mais de 7.200 refugiados, de 81 países. Os sírios formam o maior grupo com 20% do total. Estão em análise quase 9 mil pedidos de refúgio.

Sobre a situação dos imigrantes, a TVT conversou com Camila Asano, coordenadora de política externa e direitos humanos da Conectas, que afirma que Brasil tem se destacado como polo de atração devido ao crescimento econômico e do emprego.

Além disso, o país tem se destacado como importante ator global, que acaba atraindo a atenção de outras nações, como no caso do Haiti, em que o Brasil lidera, já há muito tempo, uma missão da ONU para a estabilização do país, que sofre com crises políticas e desastres naturais. Camila frisa ainda “o sentido de solidariedade, tanto do estado como da sociedade brasileira, tudo combinado faz com que Brasil seja um destino”.

A coordenadora do Conectas ressalta que, apesar do crescimento absoluto no número de imigrantes, em termos comparativos com o número da população brasileira e a dimensão do país, o número de imigrantes ainda é baixo. “Não estamos falando de invasão de refugiados, não estamos falando de invasão de imigrantes. Pelo contrário. Alguns falam isso e criam até uma situação de pânico que pode até desencadear xenofobia. O que não faz o menor sentido”.

Sobre as políticas públicas para os imigrantes, Camila destaca alguns avanços, como a criação de centro de acolhida pela prefeitura de São Paulo, que além de alojamento, oferece assistência jurídica e aulas de português aos recém-chegados, e a bancarização, oferecida a todos, independente de estarem regularizados ou não, mas cobra a revisão do Estatuto do Estrangeiro, ainda uma herança dos tempos da ditadura.

Acompanhe a entrevista completa da TVT: