florestas em chamas

Aumenta para 112 o número de mortos devido aos incêndios florestais no Chile

Expectativa é de mais vítimas, já que o socorro ainda não chegou a todos os locais. Segundo autoridades, 40 mil chilenos foram afetados

Governo do Chile
Governo do Chile
Bombeiro em ação contra incêndios que atingem as florestas do país desde quinta-feira (1º)

São Paulo – O número de mortos devido aos incêndios florestais que atingem o Chile desde a última quinta-feira (1º) subiu para 112, segundo autoridades. E apenas 32 haviam sido identificados até a noite de domingo. O serviço de socorro, porém, espera por aumento no número porque muitas das regiões aferadas ainda não foram alcançadas pelas equipes.

Na noite deste domingo (4) o subsecretário do Interior, Manuel Monsalve, informou que até o momento, 38 autópsias foram realizadas nos corpos recuperados. E pelo menos dez deles já estão em condições de serem entregues às suas famílias.  

Na sexta (2), o presidente Gabriel Boric declarou emergência nas províncias de Valparaíso e Marga Marga, as mais afetadas. E no sábado (3), a ministra do Interior, Carolina Tohá, reuniu-se com integrantes Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres para discutir medidas de combate aos incêndios.

“Depois do terremoto de 2010, os incêndios florestais em Valparaíso são a situação de emergência que mais vítimas gerou no Chile nos últimos tempos”, disse. Segundo ela, grande parte da região incendiada, no centro do país, não é acessível. “Consequentemente, não temos um levantamento completo das vítimas nem das casas e infraestruturas danificadas”.

O governo chileno avalia que mais de 12.100 residências foram afetadas pelos incêndios na cidade de Viña del Mar, enquanto em Quilpué, outro epicentro do fogo, seriam 2.700. Ao todo, foram 165 incêndios em todo o país, com 40 ainda em combate, 112 controlados e quatro extintos. A avaliação é que ao menos 40 mil pessoas tenham sido afetadas.