Vendas de veículos no Brasil devem crescer 5,2% em 2011, diz Anfavea

Aumento do compulsório, promovido pelo Banco Central, não deve ter impacto nas vendas de carros em dezembro, dizem fabricantes (Foto: Rodrigo Paiva/Reuters) São Paulo – As vendas de veículos no […]

Aumento do compulsório, promovido pelo Banco Central, não deve ter impacto nas vendas de carros em dezembro, dizem fabricantes (Foto: Rodrigo Paiva/Reuters)

São Paulo – As vendas de veículos no Brasil em 2011 devem bater novo recorde, com expansão de 5,2% sobre este ano, para 3,63 milhões de unidades, conforme previsão divulgada nesta segunda-feira (6) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), associação que representa as montadoras no país.

O forte crescimento da economia e a abundante oferta de crédito têm impulsionado a comercialização de carros no país.

A Anfavea também revisou para cima suas projeções para 2010, ao apresentar o desempenho da indústria automotiva referente a novembro. Para este ano, a Anfavea estima agora alta de 9,8% nas vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no mercado interno, para 3,45 milhões de unidades. O alvo anterior era de expansão de 8,2%.

A produção em 2011 deve avançar em ritmo menor, com crescimento de 1,1%, chegando a 3,68 milhões de veículos, depois da alta de 14,4% neste ano, para 3,64 milhões de unidades.

O descompasso entre o aumento das vendas e da produção é explicado pela queda à frente no volume para as exportações pela indústria, em unidades. A Anfavea calcula vendas externas de 730 mil veículos em 2011, número 6,4% menor que o projetado para este ano, de 780 mil unidades.

Em receita, porém, as exportações devem crescer 2,3% no próximo ano, para US$ 13,1 bilhões.

Para 2010, a Anfavea prevê agora exportações de US$ 12,8 bilhões, contra os US$ 12,4 bilhões esperados antes, o que representa expansão de 54% sobre 2009.

Crédito

No final da semana passada, o Banco Central anunciou medidas para enxugar a liquidez da economia e evitar o surgimento de bolhas, em um momento de inflação em alta. O governo elevou o compulsório sobre depósitos à vista e a prazo, reduzindo os recursos que os bancos têm disponíveis para emprestar, e tornou mais caro para as instituições oferecer crédito de longo prazo às pessoas físicas

“Consideramos a medida (do BC) transitória para o equilíbrio da economia… Não deve impactar nem dezembro nem os números (da indústria automotiva) do ano que vem. É uma medida de controle da inflação, dá pra ter esse crescimento que projetamos com isso”, disse o presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, que também preside o grupo Fiat na América Latina, em entrevista coletiva.

Fonte: Reuters