Mantega minimiza resultado do PIB e prevê crescimento maior adiante
Resultado de janeiro a março registra retração de 0,2% ante os último trimestre de 2011; indústria, no entanto, teve avanço de 1,7%
Publicado 01/06/2012 - 14h07
São Paulo – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, manteve hoje (1º) a leitura de que a economia brasileira está no caminho certo e terá uma aceleração no ritmo de crescimento ao longo dos próximos meses ao comentar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), que registrou expansão de 0,2% no primeiro trimestre deste ano ante o último trimestre de 2011, segundo o IBGE. Para Mantega, o desempenho da indústria, que avançou 1,7%, é motivo de otimismo. “Principalmente a indústria de transformação, que cresceu 1,9%, e eu considero isso uma boa notícia, depois de três trimestres negativos. A extrativa mineral não tanto, porque houve problema com o minério de ferro.”
Na semana anterior à divulgação oficial do PIB, o ministro já antecipava que o resultado seria relativamente fraco, mas manifestava a visão de que as medidas de incentivo tomadas desde o último trimestre do ano passado passariam a favorecer o crescimento da economia, em especial a partir do segundo semestre.
Mantega reafirmou hoje a visão de que as medidas de estímulo já estão surtindo efeito, o que vai permitir que se encerre 2012 com um ritmo de crescimento na casa de 4%. “O governo não tem necessidade de afrouxar a meta fiscal para estimular a economia. O Brasil dá segurança para os investidores porque a nossa situação fiscal é sólida”, disse.
Mantega acrescentou que é importante estimular o mercado de crédito no país e reforçou que os bancos públicos continuarão reduzindo os juros e os spreads bancários – diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa paga aos investidores – caso as instituições privadas não o fizerem. “O principal fomento da economia é reduzir juros e spreads”, afirmou.
Na opinião do ministro, o desempenho do setor de agropecuária, com recuo de 7,3%, foi o grande fator negativo. “Isso aconteceu por conta da quebra da safra de soja, arroz e fumo. Tudo isso ligado a fatores sazonais”, disse.
Com informações da Reuters e Agência Brasil