Demanda do consumidor por crédito é recorde em novembro, mostra Serasa

São Paulo – O número de pessoas que procuraram crédito em novembro aumentou 6,2% na comparação com o mês anterior, segundo o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por […]

São Paulo – O número de pessoas que procuraram crédito em novembro aumentou 6,2% na comparação com o mês anterior, segundo o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, divulgado nesta terça-feira (7).

Em relação a novembro do ano passado, houve elevação de 19,8% na busca pelo crédito. No acumulado do ano, a alta é de 16,1%, ante o mesmo período de 2009.

Os consumidores que mais contribuíram para o aumento da procura por crédito foram os das camadas inferiores de rendimento. Para aqueles com rendimento mensal abaixo de R$ 500, a demanda aumentou 8,6%. Para os que recebem entre R$ 500 e R$ 1.000, a elevação foi de 6,4%. As outras faixas salariais também registraram aumento, sendo que as variações foram de 4,4% para quem recebe mais de R$ 10.000 por mês e de 5,8% para aqueles com salário entre R$ 1.000 e R$ 2.000.

No acumulado do ano, os consumidores que ganham até R$ 500 por mês, continuam liderando a busca por crédito, registrando crescimento de 43,9% na comparação com o igual período de 2009.

Todas as regiões do país apresentaram crescimento da procura por crédito em novembro. A maior alta foi constatada no Nordeste (13,2%) e a menor variação, no Sudeste (1,7%).

No acumulado do ano, as regiões Nordeste (17,3%) e Sudeste (17,2%) lideram o aumento da procura por crédito. Nas outras regiões, as altas no período de janeiro a novembro são de 13,2% (Norte); 13,4% (Sul) e 14,5% (Centro-Oeste).

Segundo os economistas da Serasa , a demanda foi impulsionada pelas condições favoráveis de crédito às pessoas físicas, pela entrada da primeira parcela do décimo terceiro salário na economia, pela proximidade das festas de final de ano, pelo elevado grau de confiança dos consumidores e pelo bom momento vivido pelo mercado de trabalho.

“As recentes medidas adotadas pelo Banco Central (aumento dos compulsórios e demais regras macroprudenciais) dificilmente produzirão efeitos concretos ainda neste ano. Seus reflexos deverão ser notados com maiores impactos a partir do início de 2011”, diz a Serasa Experian, em nota.

Fonte: Agência Brasil