São Paulo – O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), espécie de prévia da inflação oficial, teve alta de 0,60% em março, desacelerando em relação a fevereiro (0,97%). Em março do ano passado, ficou em 0,55%. Com isso, o IPCA-15 ficou acumulado em 2,35% no primeiro trimestre (ante 2,02% em igual período de 2010) e 6,13% em 12 meses, também acima dos 12 meses imediatamente anteriores (6,08%).

Segundo o IBGE, que divulgou os resultados nesta quarta-feira (23), a desaceleração neste mês se deveu, principalmente, ao grupo Educação, “cujo efeito dos reajustes sazonais de início de ano ficaram concentrados em fevereiro”. O grupo passou de 5,88%, no mês passado, para 1,03%.

Já os alimentos continuaram mostrando desaceleração, passando de 0,57% para 0,46%. Subiram o tomate (16,57%), batata-inglesa (9,66%) e as frutas (3,33%), mas de acordo com o IBGE “grande parte dos produtos passou menos de um mês para o outro”. Entre as quedas, o instituto destacou carnes (-2,33%, com contribuição de -0,06 ponto percentual no índice), feijão carioca (-6,91%), açúcar refinado (-2,55%), feijão preto (-2,48%), carne seca (-2,23%), frango (-1,52%) e arroz (-1,27%).

O grupo Transporte teve alta de 1,11%, ante 1,04% em fevereiro. As passagens aéreas, que haviam caído de 11,45%, subiram 29,16%. Também subiram os preços dos combustíveis, de 0,72% para 1,09% – a gasolina foi de 0,51% para 0,76%, enquanto o etanol passou de 2,83% para 4,68%. Segundo o IBGE, houve ainda a influência de ônibus intermunicipais (de 1,28% para 1,94%) e urbanos (de 3,37% para 0,83%), “apesar da redução deste último de um mês para o outro”.