China se consolida como principal parceira comercial do Brasil

País asiático passou de 3% das exportações brasileiras, em 2001, para 17%. Estados Unidos foram de 24% para 10%

São Paulo – O governo federal informou no primeiro dia útil do ano que o país fechou 2011 com saldo comercial próximo dos US$ 30 bilhões, no melhor resultado dos últimos quatro anos. Chama a atenção a mudança de perfil dos parceiros comerciais do Brasil. Dez anos atrás, a China representava apenas 3% das exportações brasileiras. Agora, o gigante asiático é o principal destinos dos nossos produtos – a participação da China atingiu 17,3% no ano passado. Situação inversa se deu com os Estados Unidos, que em 2001 representavam 24% das vendas do Brasil e em 2011 corresponderam a apenas 10%. Entre os países não desenvolvidos, o Brasil aumentou suas vendas para a África, que subiram de 3% para 5%.

Nos países do Mercosul, cuja participação nas exportações brasileiras havia caído de 11% para 5,5% entre 2001 e 2002, as vendas têm se mantido entre 10% e 12% do total – em 2011, por exemplo, fechou em 10,9%. Também se mantêm estáveis com a Argentina, recuando ligeiramente de 9,2% para 8,9% entre 2010 e 2011 (chegaram a 8,6% em 2001).

As exportações do Brasil para a União Europeia passaram 21,4% para 20,7% do total no ano passado. Chegaram a 25,5% em 2001 e ultrapassaram os 30% do total nos anos 1990. Para o Oriente Médio, essa participação subiu de 3,5%, em 2001, para 4,8% em 2011.

A Ásia corresponde hoje a 30% das exportações brasileiras e a 31% das importações – apenas a China corresponde a 17,3% das vendas e a 14,5% das compras. A América Latina e o Caribe são responsáveis por 22,3% das vendas de produtos brasileiros e 16,7% das nossas importações. Na sequência, vem a União Europeia, com 20,7% do total de exportações e 20,5% das importações. Os Estados Unidos respondem por 10,1% das vendas e 15,1% das compras.

Por país, os principais destinos das exportações do Brasil em 2011 foram China (US$ 44,3 bilhões), Estados Unidos (US$ 25,9 bilhões) e Argentina (US$ 22,7 bilhões). Para a China, o Brasil vende, principalmente, minério de ferro, soja em grão, petróleo em bruto, celulose e equipamentos siderúrgicos. Para os Estados Unidos, petróleo, siderúrgicos, máquinas e equipamentos, café e químicos orgânicos. E para a Argentina, automóveis e autopeças, máquinas e equipamentos e óleo combustível.