503 mil pessoas saíram da pobreza durante a crise

Levantamento do Ipea foi feito nas seis principais regiões metropolitanas do país

Elevação do salário mínimo e a ampliação do Bolsa Família impediram aumento da pobreza (Foto: Valter Campanato/ABr)

Brasília – Ao comparar o número de pobres existentes, no Brasil, antes e durante a crise financeira internacional, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) chegou à conclusão de que, apesar dos efeitos nocivos da crise para a economia nacional, 503 mil pessoas deixaram a condição de pobreza nas seis principais regiões metropolitanas do país.

A afirmação foi feita nesta terça-feira (4) pelo presidente do Ipea, Márcio Pochmann, durante o lançamento do estudo “Desigualdade e Pobreza no Brasil Metropolitano Durante a Crise Internacional: Primeiros Resultados”. O estudo abrange as regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, do Rio de Janeiro, de São Paulo e Porto Alegre.

“De 2002 para cá, temos 4 milhões de pessoas a menos vivendo em condições de pobreza no conjunto dessas seis regiões. Na comparação do período atual com o período anterior à crise, verificamos que 503 mil pessoas saíram da pobreza”, disse Pochmann. Parte disso, segundo ele, se deve às políticas nacionais que visaram proteger a base da pirâmide social.

“Houve uma série de decisões que ajudaram a criar uma rede de proteção social àqueles segmentos mais vulneráveis da população brasileira”, afirmou o presidente do Ipea. “Entre elas, a elevação do salário mínimo e a ampliação do programa Bolsa Família, que impediram que o Brasil aumentasse a pobreza, como havíamos observado em outros momentos de crise”, completou.

O estudo comparou o número de pobres entre outubro de 2007 e junho de 2008 com o do período entre outubro de 2008 e junho de 2009. Das 503 mil pessoas que saíram da condição de pobreza – cuja renda per capita da família é de meio salário mínimo – quase 63% localizavam-se na região metropolitana de São Paulo.

Fonte: Agência Brasil