No esquenta

Carnaval de rua de São Paulo se prepara para receber 15 milhões de foliões

Programação oficial celebra a diversidade em mais de 500 desfiles de blocos

Divulgação/Secom
Divulgação/Secom

São Paulo – Faltam duas semanas para o carnaval 2023, mas muitas cidades já estão em fase adiantada para as folias na rua, já a partir deste fim de semana. É o caso de Salvador, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, onde os foliões curtem o pré-carnaval desde ontem (3). No Nordeste, a brincadeira já começou. Em Recife e Olinda, por exemplo, esta semana foi de ensaios de grandes blocos, em especial os de maracatu de baque virado. Já na capital paulista, os primeiros blocos oficiais desfilam nos próximos dias 11 e 12.

Em São Paulo, a prefeitura tem na programação 511 blocos espalhados pela cidade. O público total esperado em todos os dias da festa popular é de cerca de 15 milhões. “O carnaval de rua é a maior ação de políticas públicas da prefeitura e, realmente, a maior operação da cidade (…) Na ponta, os verdadeiros fazedores do carnaval de rua, os blocos, estão nessa empreitada de levar cultura e alegria para todos os cantos da cidade e, cada vez mais, tendo atuação sociocultural durante o ano inteiro”, afirma a secretária de Cultura, Aline Torres.

No entanto, persiste o alerta de que a covid-19 segue como um problema de saúde pública que merece atenção. A recomendação é para que todos que pretendam participar dos desfiles na cidade tomem todas as doses de reforço das vacinas disponíveis de acordo com a idade. O momento ideal para isso é agora, já que o imunizante pode levar até uma semana para agir em sua máxima capacidade.

Carnaval da diversidade

A cidade contará, como de costume, com blocos para os mais variados gostos. Tem aqueles dedicados às crianças, como a Charanguinha do França, assim como megablocos com a presença de artistas renomados. Entre os principais nomes, Lexa, Luísa Sonza, Pabllo Vittar, Pocah e Michel Teló. Uma das marcas do carnaval de rua de São Paulo, a diversidade, estará mais presente do que nunca. São inúmeros blocos voltados à comunidade LGBTQIA+, onde a folia é para todes. Entre eles, cortejos tradicionais como o Siga Bem Caminhoneira e o da festa Gambiarra.

Para aqueles que preferem desfiles mais típicos, não faltam opções de blocos levados com sambas e marchinhas. Entre eles, destaque para cortejos que desfilam na cidade há anos, como o Acadêmicos do Cerca Frango, bloco clássico nascido no bairro da Pompéia, na zona oeste, que neste ano desfila na Vila Romana.

Carnaval de rua

A regra é a diversidade. Tem bloco para quem gosta de raggae, como o Kaya na Gandaia, levado com muitas músicas de Gilberto Gil e Bob Marley. Também tem aqueles blocos para os comunistas mais bem-humorados, como o Acadêmicos da Ursal. Outros blocos apostam no brega, como é o caso do Brega Bloco.

Também tem espaço para um dos blocos mais tradicionais da cidade, que abre o fim de semana do carnaval oficial. As mulheres do Bloco Afro Ilú Obá de Min desfilam novamente na Praça da República, no centro da cidade, às 18h da sexta-feira, abrindo alas para os dias de folia mais intensa. Destaque também para blocos que trazem batuques e ritmos tradicionais, como o Bloco de Pífanos e o Maracatu Bloco de Pedra.

Destaques do pré

Entre os dias 10 e 12, já desfila uma grande variedade de blocos em São Paulo. Entre os megablocos, destaque para o Casa Comigo, o Chá da Alice e o Gambiarra, na Avenida Henrique Schaumann, o Bloco do Sargento Pimenta, na Avenida Brigadeiro Faria Lima. Todos estes no bairro de Pinheiros, na zona oeste, no sábado (11).

Também no sábado, o Bloco da Pocah desfila na Avenida Luis Dumont Villares, ou “Avenida Nova” como é mais conhecida entre os moradores do bairro de Santana, na zona norte. As ruas da Vila Mariana, na zona sul, recebem o cortejo do Monobloco no domingo, na Avenida Pedro Álvares Cabral. A atração convidará a cantora de MPB e samba Maria Rita. Por fim, o bloco Domingo ela não Vai deve lotar a Avenida Ipiranga, no centro.

Já entre os blocos menores, a reportagem selecionou quatro. SPandeiro desfila no sábado com 30 pandeiros, além de metais e pífanos pela Praça Dom José Gaspar e arredores no bairro da Sé, no centro. O Acadêmicos da Ursal reúne os comunistas na Rua Fortunato, também na Sé, embalados ao som de marchinhas clássicas. Em Pinheiros, na rua Padre Carvalho, desfila o tradicional Arrianu Suassunga, também ao som de marchinhas. Já no domingo, o Bloco de Pífanos se concentra na Alameda Guaicanãs, no Planalto Paulista.