mineração ilegal

Polícia Federal e Receita deflagram operação contra extração de ouro em terras indígenas

Operação abrangeu os estados do Amazonas, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Pará e cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva

Divulgação/Polícia Federal
Divulgação/Polícia Federal
Joias e relógios foram apreendidos pelos agentes da Polícia Federal

São Paulo – Em ação conjunta com a Receita Federal, a Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (20) a Operação Emboabas, no âmbito de investigações de esquemas criminosos de mineração ilegal de ouro em terras indígenas Yanomami. Segundo a PF, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva (que não tem prazo para ser revogada) e 16 mandados de busca.

A ação dos agentes abrange as cidades de Manaus, Anápolis (GO), Ilha Solteira (SP), Uberlândia (MG), Areia Branca (RN), Ourilândia do Norte (PA), Tucumã (PA) e Santa Maria das Barreiras (PA). A operação apura indícios de contrabando de ouro para a Europa após a prisão em flagrante de um pessoa que transportava 35 kg de ouro, que pretendia entregar a dois norte-americanos, sócios de uma empresa em Nova York.

Os investigados responderão pelos crimes de usurpação de bens da União, organização criminosa, lavagem de dinheiro, extração ilegal do ouro, contrabando, falsidade ideológica, receptação qualificada e outros tipos penais.

Método dos criminosos

De acordo com a Receita Federal, a operação foi desencadeada para “desarticular organização criminosa especializada em adquirir ouro proveniente de regiões onde a mineração é proibida e na sequência declarar, mediante fraude, que o metal precioso havia sido extraído de áreas com permissão de lavra garimpeira (PLG) regularmente constituída”.

Foi deferida ordem de sequestro de bens no montante total de mais de R$ 5,7 bilhões. O alvo principal “esquentava” o ouro ilegal por meio de um austríaco que se naturalizou brasileiro. Ele teria mais de mais R$ 20 bilhões em barras de ouro “em um suposto país independente criado pelo próprio investigado”, segundo a PF.


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