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PF faz balanço do primeiro mês de ações contra garimpo ilegal em Terra Yanomami

Desestruturação mira equipamentos, veículos, insumos e minérios extraídos, além de ações para identificar financiadores da atividade criminosa

PF/Divulgação
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Aeronaves que serviam à logística do garimpo ilegal são destruídas em operação da Polícia Federal em Roraima

São Paulo – A Polícia Federal (PF) divulgou, nesta terça-feira (14), o resultado do primeiro mês de operações contra o garimpo ilegal nas Terras Indígenas Yanomami, localizadas nos estados de Roraima e Amazonas. No período, foram apreendidas ou inutilizadas 84 balsas ou embarcações e duas aeronaves. O relatório reúne informações das ações conjuntas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Polícia Federal (PF), da Força Nacional de Segurança Pública, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

O desmantelamento da estrutura do garimpo ilegal na região incluiu também 172 geradores de energia, maquinários para extração de minério, motosserras e mercúrio, além de 11,4 mil litros de combustível. Também foram destruídos 200 acampamentos, armas e munições. Por fim, foi apreendida cerca de uma tonelada de mantimentos dos garimpeiros ilegais, e um total de 27 toneladas do minério cassiterita.

Paralelamente às ações ostensivas na Reserva Yanomami, foram deflagradas pela Superintendência Regional da Polícia Federal em Roraima, as operações Nau dos Quintos, Avis Aurea e BAL. Como resultado, cerca de 40 procedimentos investigativos relacionados ao garimpo ilegal na região estão em tramitação e já levaram ao bloqueio judicial de R$ 65 milhões de financiadores da atividade criminosa.

Expectativa

As ações de planejamento e coordenação estão sendo realizadas no Centro de Comando e Controle da Operação Libertação, estruturado na Superintendência Regional da Polícia Federal em Roraima.

De acordo com o diretor de Meio Ambiente e Amazônia (Damaz) da Polícia Federal, Humberto Freire, os resultados das operações demonstram que a proteção da floresta amazônica será uma das prioridades do Estado brasileiro. “Estamos atentos às expectativas que a sociedade brasileira e o mundo têm em relação aos temas relacionados à Amazônia e ao meio ambiente de maneira geral. E atuaremos de forma a garantir os direitos das populações afetadas, enfrentando a criminalidade organizada, com o objetivo de alcançarmos todos os elos da mineração ilegal”.

A Reserva Indígena Yanomami está em estado de emergência de saúde pública desde o dia 20 de janeiro em razão do cenário de desassistência sanitária dos povos que vivem no território. A medida foi tomada após equipes do Ministério da Saúde encontrarem crianças e idosos em estado de desnutrição severa, além de muitos casos de malária e infecção respiratória aguda.

Com reportagem da Agência Brasil



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