Cultura de paz

Governo lança cartilha para combater violência nas escolas

Na cartilha contra a violência nas escolas, governo reúne lista de ações direcionadas às instituições de ensino, estudantes, entre outros

Marcelo Camargo/ABr
Marcelo Camargo/ABr
O crescimento de casos de violência nestes ambientes motivou a elaboração do documento

São Paulo – O governo federal divulgou nesta terça-feira (18) a cartilha “Recomendações para Proteção e Segurança no Ambiente Escolar”. O crescimento de casos de violência nestes ambientes motivou a elaboração do documento. Também se trata de uma das primeiras respostas da gestão após a instalação de um comitê interministerial para elaboração de políticas públicas de prevenção e enfrentamento à violência em escolas e creches.

A cartilha propõe uma série de ações focadas em três momentos: prevenção, intervenção e posvenção. “Os programas exigem das instituições de ensino esforços colaborativos em toda a comunidade”, afirma o material.

Confira a cartilha

O governo também lembra dos canais para denúncia. São três principais: o portal Escola Segura, do Ministério da Justiça, o Disque 100, e o WhatsApp (61) 99611-0100. “Qualquer informação é bem-vinda. Todas as denúncias são anônimas e as informações enviadas serão mantidas sob sigilo”, afirma.

Além da cartilha, o governo intensificou, nas últimas semanas, o controle ao discurso de ódio nas redes sociais e liberou auxílios financeiros aos estados e municípios. Pela manhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou reunião com congressistas, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e governadores sobre o tema. Na ocasião, Lula também anunciou investimento de R$ 3,1 bilhões para combate à violência.

Em 10 dias, o Planalto contabiliza 7 mil denúncias e 225 presos ou apreendidos.

A mobilização do governo sobre o tema ganhou velocidade especial após os ataques em uma escola de São Paulo e em uma creche em Santa Catarina. As duas em espaço de menos de um mês. Outras cidades também relataram tentativas frustadas de ataques. O grupo do governo prosseguirá debruçado por, pelo menos, 180 dias. Trata-se de uma iniciativa para “valorizar na sociedade a cultura da paz” e combater o ódio, de acordo com integrantes da cúpula do Planalto.