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Adicional de R$ 150 do Bolsa Família começa a ser pago dia 20

Serão 8,9 milhões de crianças de até 6 anos que passam a receber o adicional do programa relançado nesta semana. Adicional de R$ 50 para gestantes e menores começa a valer em junho

Arquivo/Agência Brasil
Arquivo/Agência Brasil

São Paulo – O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, anunciou nesta sexta-feira (3) que o novo Bolsa Família iniciará os pagamentos no próximo dia 20. Além do benefício de R$ 600, o adicional de R$ 150 por criança de até 6 anos também começa a ser pago a partir dessa data. Já os R$ 50 a mais para gestantes e menores entre 7 e 18 anos serão pagos a partir de junho.

A pasta informou que o adicional de R$ 150 vai contemplar 8,9 milhões de crianças, totalizando um investimento federal de R$ 1,34 bilhão. Além disso, 820 mil gestantes, 7,1 milhões de crianças de sete a 12 anos, 7,9 milhões de adolescentes de 12 a 18 anos também serão beneficiados.

O ministério também informou que 694.245 famílias que estavam fora do programa passam a receber a partir deste mês. Por outro lado, saíram outras 1.479.916 famílias, que não se enquadram no critério de renda do programa. Ao todo, os investimentos do Bolsa Família em março totalizam R$ 14,5 bilhões, atendendo 24,8 milhões de beneficiários.

Atualização do cadastro

O governo federal relançou oficialmente o novo Bolsa Família nessa quinta-feira (2). Em entrevista coletiva, o ministro Wellington Dias apresentou detalhes da reformulação do programa. Ele anunciou a contratação de cerca de 12 mil pessoas para realizar a atualização do Cadastro Único (CadÚnico).

De acordo com o ministro, esse processo vai permitir a “busca ativa de não cadastrados”. Ao mesmo tempo, possibilita a retirada das famílias que não têm mais direito ao benefício. Ele destacou que há famílias que estão com dados desatualizados desde 2016.

“O cadastro é vivo, passa sempre por modificações. Hoje o número é esse, mas daqui a alguns dias pode ser outro. No mês que vem uma gestante pode ganhar neném, por exemplo, e então vai sair uma gestante e entrar um bebê no cadastro”, explica Wellington Dias. “Fico feliz quando a alteração é porque alguém não precisa mais do Bolsa Família”, completa o ministro.

Exemplo internacional

A secretária nacional de Renda de Cidadania, Eliane Aquino, destacou a importância do Bolsa Família no combate à pobreza. E citou que o programa é exemplo internacional. “Tivemos uma média de 80 países que se inspiraram no nosso modelo. No passado, conseguimos tirar uma boa parte de crianças e famílias da insegurança alimentar, e aumentar a escolaridade”, frisou. “O retorno do Bolsa Família gerou muita esperança, muita felicidade para quem está trabalhando na ponta e sabe o que foi no passado”, acrescentou a secretária.

Têm direito ao programa todas as famílias que têm renda de até R$ 218 por pessoa. No entanto, para receber o benefício, as famílias precisam cumprir as seguintes contrapartidas: acompanhamento do pré-natal para gestantes, manutenção das crianças e adolescentes na escola e atualização da caderneta de vacinação com todos os imunizantes previstos no Programa Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde.

Critérios

Para se inscrever, o membro da família deve procurar o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do município onde vive. Pelo aplicativo do Cadastro Único, e também pelo site, é possível fazer um pré-cadastro, que vai agilizar o atendimento da família no Cras.


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