Trabalhadores devem ‘construir’ história com as próprias mãos, diz CUT

Direto de Porto Alegre – A secretária de Comunicação da CUT, Rosane Bertotti, afirmou nesta quinta-feira (28) que os trabalhadores e as trabalhadoras só farão história quando puderem contar a […]

Direto de Porto Alegre – A secretária de Comunicação da CUT, Rosane Bertotti, afirmou nesta quinta-feira (28) que os trabalhadores e as trabalhadoras só farão história quando puderem contar a própria história.

Durante debate no Fórum Social Mundial em Porto Alegre, a representante da Central Única dos Trabalhadores destacou que a atual hegemonia só será quebrada se houver uma verdadeira democratização da comunicação. Rosane Bertotti citou a Rede Brasil Atual e mostrou à plateia a Revista do Brasil como espaços nos quais os trabalhadores podem contar suas histórias e participar do fortalecimento do processo democrático.

“Precisamos ousar construir meios de comunicação com visão de uma hegemonia onde olhe para outra realidade social, onde olhe uma outra realidade econômica, onde aponte para outro projeto de desenvolvimento. Não apenas um meio de comunicação que se repita na colocação do que está posto”, afirmou.

O painel “Como construir hegemonia política” ocorreu nessa quinta-feira (28) no auditório da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, novamente lotado.

Ao lado da representante da CUT estiveram nomes como o pensador português Boaventura de Souza Santos e o ativista francês Christophe Aguitton, que apontaram que a construção de uma nova hegemonia, em que a diversidade seja respeitada, só pode ser feita de baixo, ou seja, pela sociedade civil.

Rosane Bertotti destacou que o Fórum Social Mundial é um importante espaço de reflexão em que os movimentos sociais podem pensar em construir ações de unidade. Por outro lado, a secretária de Comunicação da CUT ponderou que os eventos em Porto Alegre são praticamente ignorados pela grande mídia, que gosta de se esconder atrás da chamada liberdade de imprensa.

“Jamais vamos ser contra a liberdade de expressão, jamais vamos ser contra a liberdade de imprensa. Essa pauta é nossa, essa luta é nossa. Nascemos construindo isso.  Agora, é uma liberdade de todos e de todas. Não é uma liberdade daqueles que escolhem o conteúdo do que querem dizer. Que colocam meias-palavras na boca de dirigentes de partidos, de movimentos sociais. É preciso que a humanidade saiba o que esse Fórum produz”, destacou.