Presidente da CUT usa a ‘língua do P’ para atacar candidato

São Paulo – Quando criança, não era raro as brincadeiras utilizando a “língua do P”, em que se usava antes de qualquer palavra a letra “P”. Agora, parece que a […]

São Paulo – Quando criança, não era raro as brincadeiras utilizando a “língua do P”, em que se usava antes de qualquer palavra a letra “P”. Agora, parece que a “língua de P” ganhou uma nova conotação nesta campanha eleitoral.

Neste sábado, o presidente da CUT, Artur Henrique, disse a cerca de 300 sindicalistas bancários que há candidatos que deveriam utilizar esta linguagem, mas a esconde em seu projeto de governo: Pedágio, Presídio, Privatização e Porrada nos professores”.

Sem se referir a qualquer candidato, Artur voltou a chamar o candidato que usa a “língua do P” de ‘mentiroso’:  “Ele que nos acusa de mentir, mas é o campeão das mentiras. Disse, por exemplo, que não sairia da prefeitura, chegou até a assinar um documento, mas só ficou no cargo um ano e meio.”

Artur se referia ao candidato à Presidência José Serra (PSDB), que em recentes declarações classificando sindicalistas de “profissionais da mentira” e, em seguida, no Rio de Janeiro, utilizou o discurso de Carlos Lacerda, ao se referir a uma “República de Sindicalistas”. Essas declarações de Serra levaram a CUT a pedir um debate público com o candidato.

“O que chama atenção a esse candidato é a sua atuação preconceituosa, que há uma república sindical. Ele que já foi um líder estudantil, mostra que mudou e muito a sua trajetória política, seja na união com FHC na defesa do neoliberalismo ou junto a partidos como o DEM, que sõ contra toda e qualquer avanço social”.

Para uma plateia de sindicalistas de São Paulo, Artur lembrou fatos dos últimos quatro anos no estado. “Em 2006 vimos o então candidato tucano à Presidência (Geraldo Alckimin) vestir a camisa com emblemas do Banco do Brasil, Caixa Federal, Petrobras, entre outros. Em apenas uma gestão, a Cesp e a transmissão de energia foram privatizadas; e eles se desfizeram da Nossa Caixa. Em São Paulo, diziam que não haveria pedágio no Rodoanel. Agora, há novas praças no trecho Sul que serão instaladas.”

Artur foi um dos convidados da Conferência Estadual, que ocorre neste sábado no Hotel Braston, em São Paulo. Ao falar para a plateia, acrescentou mais um “P” à lista do dia: progresso. “É preciso que os trabalhadores aproveitem o progresso dos últimos anos. A primeira tarefa é aproveitar o bom momento econômico para melhorar suas conquistas e aumentar a participação do salário na renda nacional”, disse.

Sobre o setor bancário, ele também criticou a política de juros do Banco Central. “Nós fazemos esforços enormes para melhorar a renda do trabalhador e em uma só penada o Copom aumenta os juros e dá um lucro absurdo aos bancos.”