Mãe e genro de Paulo Preto prestaram serviços no Rodoanel em SP, diz revista

São Paulo – A empresa Peso Positivo Transportes Comércio e Locações Ltda, de propriedade da mãe e do genro de Paulo Vieira Souza, conhecido como Paulo Preto, prestou serviços para […]

São Paulo – A empresa Peso Positivo Transportes Comércio e Locações Ltda, de propriedade da mãe e do genro de Paulo Vieira Souza, conhecido como Paulo Preto, prestou serviços para as obras do lote 1 do trecho sul do rodoanel, por volta de 3 meses durante 2009. A informação consta de reportagem da revista IstoÉ, que chega às bancas nesta sexta-feira (29).

Souza, ex-diretor de Engenharia da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), é acusado de arrecadar R$ 4 milhões de forma ilegal para a campanha do candidato à Presidência José Serra (PSDB) e desaparecer com o dinheiro.  Os recursos seriam provenientes de grandes empreiteiras responsáveis pela construção do rodoanel.

A edição da revista Istoé aponta novas implicações de Souza em suspeitas de desvio de recursos de obras. Maria Orminda Vieira de Souza, mãe de Souza, de 85 anos e o empresário Fernando Cremonini, casado com a filha de Souza, Tatiana Arana Souza – funcionária do Palácio dos Bandeirantes –, são sócios da empresa de aluguel de equipamentos para obras, segundo a reportagem..

Também são apontados detalhes de alterações contratuais no Rodoanel, que elevaram o valor das obras com o intuito de garantir a entrega da principal vitrine tucana no estado de São Paulo até abril de 2010, quando Serra se desimcompatibilizou do governo estadual para concorrer à Presidência da República. A revisão de contratos, realizada uma semana depois de Souza assumir a Dersa, significou gastos extras de R$ 480 milhões.

Souza também é acusado de desviar recursos das obras de ligação das rodovias Carvalho Pinto e Presidente Dutra, no município de São José dos Campos (SP). De acordo com a IstoÉ: “Desde que assumiu a diretoria de engenharia do Dersa, ele assinou dois aditivos sobre o convênio de R$ 84 milhões. Um desses aditivos previu a ‘implantação da marginal Capuava’, que nunca foi entregue”. A informação é de que R$ 1,1 milhão, relativo à execução desse trecho, teria sido pago. 

Um diagrama da revista mostra como funcionou o que a publicação chama de “esquema do rodoanel”. A operação partiria do ex-governador José Serra, passando por Paulo Preto, a empresa da família, até chegar às obras do rodoanel.