Banda Coyotes Califórnia mistura ritmos em CD de estreia

Na estrada desde 2007, banda Coyotes California faz lançamento de primeiro disco em casa do circuito alternativo paulistano (CC/divulgação) A banda Coyotes Califórnia surgiu em São Paulo (SP), em 2007, […]

Na estrada desde 2007, banda Coyotes California faz lançamento de primeiro disco em casa do circuito alternativo paulistano (CC/divulgação)

A banda Coyotes Califórnia surgiu em São Paulo (SP), em 2007, e acaba de lançar o primeiro álbum oficial, “Hello Fellas”, que pode ser caracterizado por uma grande mescla de ritmos e estilos, e como sendo o resultado das várias experiências acumuladas desde 1998, por Falcão Moreno (voz), Cássio Murilo (baixo) e Fabiano Rodrigues (bateria). Também faz parte da formação atual William Antonetti (guitarra) e o disco tem também a participação especial de Thiago dos Passos, no saxofone. Todos eles estarão no palco da casa noturna paulistana Outs, nessa sexta-feira (31).

A influência do rock de bandas brasileiras como Charlie Brown Jr. e CPM 22 fica clara logo na faixa que abre o álbum, “O Poder”. Em seguida, é a vez do suingue do funk “Apenas um rapaz”, que insinua um ménage à trois: “Me arrumo, faço um penteado louco / ela pede pra ficar um pouco / não é fácil resistir a um bom pecado / não estou, deixe um recado / de vermelho, de decote e cinta-liga / de surpresa chegou uma amiga / foi o dia que eu queria não ter fim / a sorte nunca mais sorriu pra mim”.

Há a balada “Velho Lar” e o mesmo tom mais suave segue em “O Conto (My Way)”, cantada no ritmo do rap: “Essa vida é uma grande contradição / Eu já não vejo com os olhos de sempre / O paladar já não é o mesmo de antes / Ela não cai no mesmo truque outra vez”. Ou seja, mais uma vez comparece a temática do romance juvenil. Já “Como Se Fosse” é um rock explicitamente inspirado na banda californiana Red Hot Chili Peppers: “Viver como se fosse uma celebração / Como se não mudasse essa linda feição / Só é preciso estar livre pra valer / Como se não tivesse nada a perder…”. Destaque para a potência da guitarra de William Antonetti e da bateria de Fabiano Rodrigues, e para as reverberações e sobreposição de vozes, o que também aparece em “O Grande Dia”.

O hip hop suingado é a tônica de “Obra de Arte”, que descreve a mulher gostosona dos sonhos e se destaca pela pontuação do baixo de Cássio Murilo. Nada mais de acordo para a faixa que é seguida por “Miss Sexual”, com interessante jogo de vozes, bom solo de saxofone de Thiago dos Passos e versos bem simples: “O tempo passa, as coisas vão evoluindo / você acha graça e vive sempre sorrindo / mas que lindo, seja bem-vindo ao mundo ideal / Charles Bukowski, ponto final”.

A faixa-título, que é uma referência à expressão muitas vezes utilizada em desenhos animados, traz uma espécie de cartilha de princípios: “Dar o sangue é uma virtude / e se eu derramar pode crer que não será em vão / segura o baque e presta atenção / quem sabe faz e a hora é agora / dou o pulo do gato vem comigo ‘simbora’”. Para concluir no refrão: “Eu quero ver o nível subir pra valer / Hello fellas / Eu quero ver o talento prevalecer / Hello fellas / Eu quero ver o mundo enlouquecer”. Ela é seguida pela instrumental “Menos cinco é igual a oito” e pelas baladas “A Última Dança” e “Dizer O Que Penso”, que encerram o álbum.

Todas as músicas foram compostas pelos quatro integrantes da banda e gravadas em São Paulo, entre 2010 e 2011. Destaque também para as fotos de Otávio Sousa e para a arte colorida e de estilo graphic novels de André Estavaringo, do Projeto Azul. Já o show contará com covers de “Aeroplane / Sex Rap”, do Red Hot Chili Peppers, e de “Immigrant Song”, do Led Zeppelin. E também haverá participação das bandas ViraLata Rex e RadioViernes.

Serviço
Show Coyotes California – Sexta-feira (31/8), a partir da meia-noite
Consumação obrigatória de R$40 e entrada de R$15 (nome na lista) e R$20 (bilheteria)
Outs – Rua Augusta, 486. Consolação. São Paulo/SP
T: (11) 3237-4940

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