Acordo sobre biodiversidade abre caminho para boa negociação sobre mudança climática, diz ministra

Brasília – A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse nesta sexta-feira (29) que os resultados da 10ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Biodiversidade Biológica (COP-10), […]

Brasília – A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse nesta sexta-feira (29) que os resultados da 10ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Biodiversidade Biológica (COP-10), são “muito positivos” e podem influenciar o sucesso da negociação da ONU sobre mudanças climáticas, no fim de novembro em Cancún, no México.

A COP-10, que ocorre em Nagoya, no Japão, aprovou hoje um novo plano de metas para conservação de ecossistemas até 2020 e um protocolo para regulamentar o acesso e repartição de benefícios do uso de recursos da biodiversidade.

“Estamos muito satisfeitos com os resultados. Agora, precisamos trabalhar duro pela implementação das decisões”, disse a ministra em entrevista após a plenária final da COP-10, que avançou pela madrugada, no horário do Japão.

A ministra acredita que os resultados de Nagoya mostram que é possível chegar a um acordo internacional satisfatório na 16ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, marcada para novembro, em Cancún.

“Sou pragmática e otimista. Acredito que podemos chegar a bons resultados em Cancún. O que vimos aqui [na COP-10] mostra que é possível fechar acordos apesar das diferenças entre os países”, avaliou.

Segundo Izabella, o próximo passo, em relação à COP-10, é elaborar versões nacionais para as metas de conservação e detalhar como o Brasil irá se comprometer com a biodiversidade até 2020. De acordo com a ministra, o combate ao desmatamento no Cerrado será um dos grandes desafios.

Já as novas regras internacionais sobre acesso e uso de recursos da biodiversidade deverão complementar e estimular a implementação da legislação nacional sobre o tema, segundo Izabella Teixeira. Atualmente, a questão é regulada por uma medida provisória.

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