Emir Sader: ‘Suspensão de bombardeio do governo favorece diálogo com as Farc’
Presidente colombiano definiu novembro como mês final para encerrar as negociações
Publicado 28/07/2015 - 12h58
População colombiana está dividida sobre acreditar na força do presidente Juan Manoel Santos nas negociações
São Paulo – O governo colombiano suspendeu os bombardeios contra os acampamentos das Farc ontem (27). O cientista político Emir Sader afirmou em sua coluna na Rádio Brasil Atual que a decisão significa que o processo de negociação está se afunilando e favorece o diálogo entre os lados.
O presidente da Colômbia, Juan Manoel Santos, definiu novembro como uma data final para as negociações, e as Farc decidiram estabelecer, de forma unilateral, o cessar fogo de três meses. Segundo o comentarista, a população está dividida em acreditar na força do governo nas negociações.
“Agora, se configura um panorama favorável com a suspensão dos bombardeios por parte do governo, que significa que o presidente conseguiu convencer os militares de que era preciso diminuir o grau de enfrentamento para favorecer a negociação.”
Para Emir Sader, a justiça será a pauta mais complicada da negociação. “Vários dirigentes das Farc que estão negociando estão condenados a pesadas penas de prisão. A opinião pública não aceita uma anistia, e o judiciário não os deixaria escapar; ao mesmo tempo, seria estranho eles cumprirem pena na prisão, pois as Farc não aceitariam, então, há um impasse.”
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