Praça da Liberdade reúne manifestantes na capital mineira
Polícia Militar contabiliza 24 mil pessoas; manifestação contra o governo começou por volta das 9h30 e deve ficar concentrada na praça; no Rio, jovem que defende golpe militar é hostilizado
Publicado 15/03/2015 - 12h30
Praça onde fica o Palácio da Liberdade, antiga sede do governo do estado, é palco tradicional de protestos em BH
Belo Horizonte – A Polícia Militar (PM) de Minas Gerais contabiliza 24 mil pessoas na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, neste momento. A manifestação contra o governo e contra a corrupção começou por volta das 9h30 e deve ficar concentrada na praça, sem deslocamento para outros pontos da capital mineira.
A praça, onde fica o Palácio da Liberdade, antiga sede do governo do estado, é palco tradicional de manifestações em Belo Horizonte.
De acordo com a PM, o protesto ocorre em clima de tranquilidade, sem registro de qualquer episódio de violência, até o momento.
A polícia não faz projeção de quantos manifestantes devem passar pela praça ao longo deste domingo, mas informa que mais pessoas continuam chegando e prevê que número será maior que o atual.
Rio de Janeiro
Um jovem com um cartaz pedindo intervenção militar foi vaiado e xingado durante a manifestação contra a corrupção, em Copacabana. O estudante de engenharia Aramis Farias foi hostilizado pelos demais participantes do ato, que o acusaram de ser “infiltrado do PT”.
Aramis explicou que não defende a volta da ditadura, mas apenas uma intervenção militar para restabelecer a ordem e combater a corrupção. “Eu não defendo o militarismo. É intervenção militar. É diferente de regime, é diferente de ditadura. É para que os militares entrem na política e corrijam o que está errado, pois a política está envolta em corrupção”, se defendeu Aramis.
Quando o jovem terminava de falar, um grupo começou a vaiar, mandando que ele baixasse a faixa. O economista Cláudio Maes chegou a se exaltar e acusou o estudante de ser infltrado do PT, para descaracterizar a manifestação. “Você está aqui no meio da galera, sabendo que ninguém quer [o militarismo]. Você é infiltrado do PT”, acusou Maes.
Aramis ainda tentou ficar em meio à multidão, mas acabou desistindo, baixou o cartaz e se retirou para a lateral da via onde ocorre a manifestação.