Obama vê justificativas em avanço militar de Israel sobre Gaza
Presidente dos Estados Unidos defende argumentos para ataques contra população e diz esperar que operações 'minimizem o número de vítimas civis'
Publicado 18/07/2014 - 15h56
Armas contra pedras. Obama apoia investida de Israel sobre Faixa de Gaza, apesar da desproporção de forças
Washington – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu hoje (18) o “direito de Israel a se defender” com sua incursão terrestre na Faixa de Gaza, mas pediu a seu aliado “para atuar de modo que minimize o número de vítimas civis” nesse território palestino.
“Acreditamos que Israel continua realizando este processo de forma a minimizar as vítimas civis, e todos nós estamos trabalhando duro para voltar ao cessar-fogo de novembro de 2012”, ressaltou Obama.
O exército de Israel iniciou ontem sua segunda incursão terrestre em Gaza desde 2007, quando o Hamas conquistou o domínio político e militar do território. A incursão – parte da grande ofensiva lançada em 8 de julho contra Gaza – já deixou pelo menos 270 palestinos mortos, a maioria civis, incluídas 63 crianças.
O presidente disse que havia conversado com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e lhe ofereceu a possibilidade de enviar à região seu secretário de Estado, John Kerry, para avançar rumo a um cessar-fogo.
“Reafirmei meu apoio ao direito de Israel a se defender. Nenhuma nação deveria aceitar que disparem foguetes dentro de suas fronteiras ou que terroristas entrem por túneis em seu território. De fato, enquanto eu falava com o primeiro-ministro Netanyahu, as sirenes tocaram em Tel Aviv”, acrescentou.
Obama afirmou ainda que tanto os EUA como seus aliados estão “profundamente preocupados com os riscos de uma maior escalada e a perda de mais vidas inocentes”.
Ataques
Enquanto Obama explicava razões para a incursão por terra de Israel sobre a Faixa de Gaza, a artilharia israelense começou a bombardear intensamente na noite (horário local) desta sexta, a partir de posições de combate a poucos quilômetros da fronteira do território ocupado.
A artilharia lançou dezenas de fogos de artifíci, para iluminar o bairro de Zaitum, que Israel afirma ser um dos redutos do movimento islâmico Hamas e do grupo radical palestino Jihad Islâmica. Em seguida, unidades de artilharia e aviões de combate empregaram mísseis contra o empobrecido bairro, um dos mais castigados pelo conflito na cidade de Gaza.
Com reportagens da Agência Efe.